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Receita pretende
apertar o cerco
aos investidores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com a flexibilização do sigilo bancário em 2001, a Receita passou a ter acesso a
quase todas as informações
necessárias para "fechar o
cerco" aos contribuintes.
Mas já estuda regras mais
sofisticadas. Quer obter informações sobre negócios
em Bolsas de Valores e remessas para o exterior.
A ofensiva aos gastos com
cartões só pôde ser feita após
a lei complementar 105, de
2001, que deu à Receita o
acesso a dados protegidos
por sigilo, sem a necessidade
de autorização judicial.
Até hoje tramitam no Supremo Tribunal Federal
ações que apontam suposta
inconstitucionalidade da lei.
Alega-se que ela fere o direito ao sigilo.
A Receita argumenta que
se ocupa apenas dos valores
que compõem os gastos. Os
fiscais não sabem que tipo de
bem ou serviço foi consumido. Mas nada impede que isso tenha que ser revelado
durante uma fiscalização.
Agora, o fisco planeja dedicar mais tempo à análise
dos negócios em Bolsas de
Valores. Quanto às remessas
para o exterior, quer receber
com mais freqüência dados
sobre as contas chamadas
CC5 (para uso de não-residentes), utilizadas para envio de dólares entre países.
Com a CPI do Banestado, a
Receita obteve informações
atualizadas até o ano de
2002, mas não existe ainda
uma legislação que garanta a
regularidade dos repasses
desses dados para o órgão.
(SM)
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