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Acusação contra Dilma na venda da Varig é "crise artificial", diz Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou ontem de
"crise artificial" as denúncias
sobre a suposta ingerência do
governo na venda da Varig. A
afirmação foi feita em reunião
de coordenação política do governo - que reúne o presidente
e seus principais ministros- e
relatada por um dos participantes do encontro.
Apesar dos depoimentos previstos para esta semana no
Congresso, o governo diz estar
tranqüilo e avalia que as repercussões do caso deverão ficar
concentradas mais na briga entre os sócios da VarigLog e o advogado Roberto Teixeira, do
que na suposta atuação do governo na venda da companhia
aérea.
O governo não acredita que
Teixeira, que é amigo de Lula,
vá colocar o governo em situação delicada no depoimento
desta semana.
Na semana passada, Lula
afirmou que a possibilidade de
disputar as eleições de 2010 como candidata pelo PT transformou a ministra Dilma Rousseff
(Casa Civil) numa "vidraça" para ataques da oposição. O presidente também defendeu a ministra das denúncias feitas por
Denise Abreu, ex-diretora da
Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil).
Para o presidente, as denúncias sobre o processo de venda
da Varig para a VarigLog são
mais uma tentativa de atingir
Dilma, classificada por ele como "uma pessoa da qualidade
que o Brasil poucas vezes produziu igual, uma pessoa que
tem demonstrado uma capacidade de gerenciamento como
ninguém".
"A impressão que eu tenho é
que, como algumas pessoas
imaginam que a Dilma pode ser
candidata a alguma coisa, ela
virou vidraça para todos os ataques que a oposição quer fazer", afirmou Lula na quinta-feira da semana passada.
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