|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Índices de preço são destaque no Brasil e nos EUA
IPCA-15 e PPI são os principais indicadores desta semana
DA REPORTAGEM LOCAL
As divulgações de índices de
preços, no Brasil e no exterior,
estarão no centro da agenda
econômica da semana.
Para o mercado internacional, a apresentação do PPI (índice de preços ao produto norte-americano) de julho, amanhã, será muito relevante. Ainda há muitas dúvidas em relação ao futuro da economia norte-americana, e os dados de inflação podem dar um sinal sobre como andam o consumo e a
produção.
"Vários indicadores de inflação serão divulgados na semana, com destaque para o IPCA-15 de agosto, na sexta-feira.
Nossas estimativas apontam
para uma alta de 0,40% para o
índice cheio. O recuo na inflação mensal será determinado
pela forte desaceleração na taxa do grupo alimentação", avalia o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Teles.
Espécie de prévia para o IPCA (índice oficial, utilizado para monitorar a meta do BC), o
IPCA-15 é relevante para o
mercado financeiro fazer projeções para o resultado final do
índice no mês.
Os riscos ao cumprimento da
meta de inflação estipulada pelo Banco Central brasileiro levaram o Copom (Comitê de Política Monetária) a iniciar um
processo de elevação dos juros
básicos, que estão em 13%
anuais. O mercado espera que
os juros alcancem ao menos
14,5% até o fim do ano.
Mais índices
Outros indicadores de preço
estão programados para a
agenda brasileira nesta semana. Hoje, a FGV vai divulgar o
IGP-10. Na quarta, é a vez de o
IPC da Fipe ser conhecido.
Para o enfraquecido mercado
acionário brasileiro, seria ruim
que saíssem índices de preço
muito acima do esperado, que
provocassem o temor de que os
juros tenham de ser mantidos
em níveis elevados por mais
tempo. Com mais uma queda
na semana passada, a Bovespa
passou a acumular desvalorização de 15,09% em 2008.
"Para a semana, mais uma
vez será fundamental para o
desempenho da Bolsa local a
variação das commodities no
mercado externo. Recentemente temos acompanhado
um movimento de descolamento da nossa Bolsa local em
relação às americanas", afirma
Marco Antonio Saravalle, analista da corretora Coinvalores.
"Com a desvalorização dos
metais, minérios e petróleo, as
principais Bolsas externas responderam bem, haja vista a
menor pressão nos custos. Já
no Brasil, forte produtor e com
diversas empresas desses setores, o movimento é contrário,
de desvalorização", afirma o
analista da Coinvalores.
Petróleo
O que poderá mexer com o
petróleo e, conseqüentemente,
com as ações da Petrobras e
com a Bovespa são os estoques
do produto nos Estados Unidos. Na quarta-feira, será divulgado o resultado dos estoques
de petróleo e derivados na
maior economia do mundo.
Níveis baixos poderão provocar uma elevação nos preços do
produto, que estão bastante
baixos se comparados a seus
patamares recentes. Na semana passada, a queda nos estoques de gasolina nos Estados
Unidos chegou a pressionar o
petróleo.
Na sexta-feira, o barril de petróleo encerrou vendido a US$
113,77 em Nova York, com recuo de 1,08%. O produto chegou a superar US$ 145 no começo de julho.
Como as ações da Petrobras
são as de maior peso e as mais
negociadas da Bolsa de Valores
de São Paulo, sua reação negativa ao enfraquecimento do petróleo acaba por afetar o resultado final do mercado acionário como um todo.
Texto Anterior: Dicas FolhaInvest Com mercado fraco, corretora ajusta estimativas para ações Próximo Texto: Paulista mantém liderança em simulado, com ganho de 113% Índice
|