|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
País cria 1,56 milhão de empregos até julho
Setores de serviços e da indústria puxam alta de 27% na geração de vagas formais no acumulado do ano, diz Ministério do Trabalho
Em julho, saldo de
contratações com carteira
assinada também é
recorde para o mês, com a
geração de 203.218 postos
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com aumento disseminado
de contratação em todos os setores da economia, o mercado
de trabalho com carteira assinada alcançou nos sete primeiros meses do ano novo recorde
de geração de empregos. Puxado principalmente pelo desempenho do setor de serviços e do
da indústria, o saldo positivo
atingiu 1,564 milhão de vagas
no acumulado do ano.
O resultado ficou 27% acima
da melhor marca anterior. De
janeiro a julho de 2004, o mercado de trabalho também dava
fortes sinais de crescimento, o
que levou à geração de 1,236
milhão de vagas formais no período.
Para este ano, as projeções do
Ministério do Trabalho apontam para um resultado superior a 2 milhões de novos postos. "Com tranqüilidade vamos
chegar a esse número", afirma
o ministro Carlos Lupi (Trabalho), ao divulgar os dados do
Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O
cadastro reúne informações
mensais das empresas sobre todos os trabalhadores contratados e demitidos.
Apesar de os dados absolutos
do setor de serviços e da indústria serem os mais expressivos
(490.105 e 355.396, respectivamente), a taxa de crescimento
apresentada pela agricultura e
pela construção civil animou o
governo. No caso da agricultura, o crescimento foi de 18,14%,
contra uma média nacional do
período de 5,4%. Na construção
civil, a taxa foi de 15,18%.
Julho
Em julho, o saldo de contratações formais também foi recorde para o mês, com a geração de 203.218 postos. O resultado supera o verificado em julho de 2004, que até então era o
melhor número. Na comparação com julho do ano passado,
houve incremento de 60%.
O número surpreendeu especialistas, que atribuem o
bom desempenho do mercado
à manutenção do nível acelerado da atividade econômica e ao
aumento da formalização do
emprego nas empresas. "A última variável a sentir os efeitos
do aumento de juros é o mercado de trabalho. Achamos que
isso vai acontecer no final do
ano", afirma o economista da
LCA Fábio Romão.
Para a consultoria, o emprego formal deverá fechar o ano
com um saldo positivo de 1,785
milhão. "Acabamos de fazer essa projeção, que tem viés para
cima, com base no estoque de
empregos formais. O estoque
vem crescendo em ritmo forte
desde setembro do ano passado", afirma Romão.
Para ele, as empresas vêm
formalizando postos não só pelo impacto da fiscalização do
governo nos estabelecimento
mas por conta do aumento da
confiança dos empresários.
Na avaliação do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), três pontos merecem destaque nos dados do Caged de julho. O primeiro é o crescimento "consistente" da geração de novos postos na indústria.
Em segundo lugar, o instituto destaca que há "vigor" nas
contratações no setor da construção civil.
"O que é sempre uma boa notícia, seja pelos efeitos das atividades desse setor sobre os demais, seja pelas perspectivas de
produção de mais longo prazo
que estão associados à construção", comenta o Iedi. O terceiro
elemento enfatizado pelo instituto é a manutenção do Estado
de São Paulo como forte gerador de vagas de emprego formal.
Texto Anterior: Salário mínimo poderá chegar a R$ 460 em 2009 Próximo Texto: Frase Índice
|