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EUA, Brasil e UE aceleram "commoditização" do álcool
Informação é do Departamento de Estado dos EUA
DA BLOOMBERG
Estados Unidos, Brasil e UE
(União Européia) estão acelerando medidas para criar padrões mundiais para o álcool e
tornar o combustível alternativo uma commodity negociada
internacionalmente, o que ampliará seu uso, disse Gregory
Manuel, do Departamento de
Estado dos EUA.
Os dirigentes do governo e do
setor que estão discutindo o
plano deverão finalizar os métodos de estandardização para
analisar as propriedades de álcool -como teor de água e de
energia- até dezembro, quatro
anos antes do programado, disse Manuel. Em seguida, o grupo
começará a fixar os padrões referentes a esses teores.
"Estados Unidos, Brasil e UE
concordaram em agilizar o processo", disse Manuel, assessor
especial da secretária de Estado, Condoleezza Rice. "O que
alcançamos até agora poderia
ter levado vários anos, e fizemos em vários meses."
Para ele, os padrões permitirão que negociadores do mundo inteiro façam transações
com álcool nos mesmos moldes
de gasolina, petróleo, cobre,
açúcar e outras commodities,
impulsionando o emprego do
combustível. Atualmente, um
comprador da Suécia tem de
mandar engenheiros para as
usinas do Brasil para testar o
combustível antes de comprá-lo para revendê-lo a motoristas
dos Saabs e Volvos flex do país
escandinavo, disse. "Poderemos vislumbrar um mundo em
que começaremos realmente a
substituir a gasolina por álcool.
As transações são uma função
da commoditização."
Os padrões a serem fixados
também vão contribuir para os
esforços realizados pelos EUA
de aumentar a porcentagem de
álcool usada nos motores movidos a gasolina comum, disse
Douglas Faulkner, vice-subsecretário de desenvolvimento
rural do Usda, o Departamento
de Agricultura. O Departamento de Proteção Ambiental
(EPA, nas iniciais em inglês) está estudando os efeitos do aumento do atual limite de 10%
para a mistura do álcool na gasolina vendida nos EUA, disse
Faulkner.
O esforço para fixar padrões
mundiais para o álcool envolve
cerca de 600 laboratórios nos
Estados Unidos, no Brasil e na
Europa, bem como funcionários dos respectivos governos,
fabricantes do produto e de
motores veiculares. Depois de
aprovar os padrões, cada governo terá de codificá-los nas regulamentações, disse Manuel.
Existem 147 destilarias de álcool nos Estados Unidos, o
maior produtor, consumidor e
importador do combustível, segundo a Associação de Combustíveis Renováveis de Wa-
shington. As usinas, que empregam principalmente o milho, têm capacidade para produzir mais de 8,5 bilhões de galões (32,2 bilhões de litros) do
combustível ao ano. Outras 55
unidades de produção estão
sendo construídas e seis vêm
sendo ampliadas para incorporar 5 bilhões de galões de capacidade, disse a associação em
30 de maio.
As remessas de álcool do Brasil, o maior exportador mundial, deverão crescer para até
4,5 bilhões de litros este ano,
comparativamente aos 3,2 bilhões de 2007, impulsionadas
pela demanda da parte de Estados Unidos e Europa, disse
Marcos Jank, presidente da
Unica (União da Indústria Canavieira de São Paulo), no mês
passado. O Brasil é o segundo
maior produtor e consumidor
mundial do combustível.
A UE importou um volume
recorde de 1 bilhão de litros do
combustível no ano passado
-quase tudo do Brasil-, segundo a Associação Européia
de Bioetanol.
O presidente dos EUA, George W. Bush, fixou a meta de aumentar a utilização de combustíveis renováveis nos EUA para
36 bilhões de galões até 2022, a
partir dos 9 bilhões de galões
definidos para este ano.
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