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Bovespa sobe 3,24%, com impulso de Vale e Petrobras
Alta de commodities valoriza papéis; dólar cai para R$ 1,62
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda da Bovespa acumulada no mês ainda é bem elevada. Mas, ao menos ontem, o
mercado acionário teve um
pregão de forte recuperação,
com a Bolsa cravando alta de
3,24%, a 55.377 pontos.
Quem impulsionou a Bovespa foram as ações de siderúrgicas e da Petrobras.
A alta das commodities metálicas no exterior deu novo
alento a papéis como Vale PNA
(que se valorizou em 6,97%),
Usiminas PNA (6,59%), Siderúrgica Nacional ON (5,36%) e
Gerdau PN (5,04%).
Com a valorização de ontem,
o índice Ibovespa aliviou um
pouco suas perdas no mês. Em
agosto, a baixa acumulada é de
6,94%.
A expectativa de que o governo chinês possa anunciar um
pacote de estímulo econômico
empurrou os preços das commodities metálicas no mercado
internacional (leia à pág. B9).
Na Europa, as empresas de
siderurgia e metalurgia também se destacaram e ajudaram
as Bolsas a subirem: Londres
terminou em alta de 0,97%, e
Frankfurt, de 0,56%.
Nos Estados Unidos, foram
registradas altas de 0,61% no
índice Dow Jones e de 0,20%
na Bolsa eletrônica Nasdaq.
O petróleo acabou por fechar
em Nova York com alta de
0,39%, a US$ 114,98. Em Londres, a apreciação do produto
foi de 0,98%. Ontem, o Departamento de Energia dos EUA
divulgou que seus estoques de
gasolina caíram mais que o esperado na última semana.
Mesmo que a apreciação do
petróleo não tenha sido muito
expressiva, as ações da Petrobras encerraram com valorização forte, de 4,89% (ordinárias)
e 4,84% (preferenciais).
"Apesar da alta de hoje [ontem], as ações da Petrobras estão ainda com valores muito
baixos se compararmos com os
níveis em que eram negociadas
há três meses. Os papéis ainda
têm muito o que se recuperar",
afirma Leonardo Caio, professor da FIA (Fundação Instituto
de Administração).
No acumulado do ano, a ação
preferencial da Petrobras, a
mais negociada da Bolsa paulista, registra depreciação de
22,1%. Nos últimos três meses,
a queda chega a quase 35%.
A saída dos estrangeiros da
Bolsa, que se arrasta desde junho, tem afetado os papéis de
Petrobras, Vale e outras grandes companhias. Segundo operadores, ontem foi notada uma
presença mais forte de estrangeiros na ponta de compra.
Neste mês, até o dia 15, as
operações dos estrangeiros em
pregão registravam saldo negativo de R$ 1,99 bilhão.
Entre as ações que não estão
no Ibovespa, o destaque foi
MMX ON, que disparou
30,84%, com rumores de que a
empresa pode ser vendida.
O papel ON da BM&FBovespa, resultado da fusão das Bolsas, estreou com alta 7,53%.
A melhora do mercado permitiu que o câmbio se acalmasse. O dólar recuou 0,43% e terminou cotado a R$ 1,62.
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