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Azul terá 5 jatos em dezembro
Embraer afirma que aeronaves serão entregues até o final do ano à empresa
Para presidente da Embraer,
alta do preço do petróleo faz com que turboélice volte a ser considerado como uma alternativa para o setor
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Embraer,
Frederico Curado, afirmou ontem que a empresa entregará
cinco jatos E-195 para a Azul
em dezembro. A companhia do
empresário David Neeleman,
fundador da JetBlue, pretende
adiantar sua entrada em operação para o final deste ano.
De acordo com Curado, a
Azul, para obter mais aviões
ainda neste ano, também está
negociando com outras empresas que compraram aeronaves
da fabricante brasileira.
O contrato fechado com a
Azul prevê a aquisição de 36
aviões, no valor de US$ 1,4 bilhão. Há ainda opções e direito
de compra de outras 40 aeronaves, o que elevaria o valor do
contrato para US$ 3 bilhões.
Curado disse que o Brasil representa apenas 4% das vendas
da empresa. Segundo o executivo, a participação do mercado
doméstico deve crescer com as
vendas para Azul e Trip.
"A Azul pode chegar a 76
aviões. A Trip está começando
com a compra de cinco aviões e
ainda tem opções. Temos certos 41 aviões entrando no mercado brasileiro em três anos, isso é uma pequena revolução na
frota que temos hoje. Esse número pode chegar a quase cem
aviões em cinco ou seis anos."
Na avaliação do executivo, o
setor teve uma involução com a
concentração em um número
pequeno de empresas e a disputa por rotas mais rentáveis,
afirmou, em referência a Gol e
TAM, que dominam cerca de
90% do mercado doméstico.
"A partir do momento em
que se explorarem melhor as
rotas secundárias, vai começar
uma grande mudança no país",
disse, em referência ao modelo
de negócio proposto pela Azul,
de vôos diretos entre capitais
em que, hoje, o passageiro precisa fazer uma escala ou uma
conexão em um grande centro.
Segundo Curado, a Embraer
é hoje a terceira maior exportadora do país. No ano passado, a
receita líquida da empresa foi
de US$ 5,245 bilhões. Para este
ano, a projeção é de US$ 6,5 bilhões, e, em 2009, o montante
deve subir para US$ 7,1 bilhões.
Ele disse ainda que o aumento no preço do petróleo fez com
que o turboélice voltasse a ser
visto como uma alternativa,
embora a Embraer não tenha
estudos em andamento para a
fabricação de um novo modelo
desse tipo de avião.
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