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Investidores se retraem à espera do BC dos EUA
Bolsa tem leve alta de 0,04%; amanhã, Fed decide os juros
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana, que tem na reunião do Fed (o banco central
dos EUA) seu mais relevante
evento, começou bastante parada no mercado acionário. Para a Bovespa, o pregão de ontem resultou em leve alta de
0,04%. Em Wall Street, o índice
Dow Jones encerrou estável.
A movimentação no pregão
da Bovespa ilustra bem a apatia
do mercado. Foram movimentados apenas R$ 4,05 bilhões
-a média diária do ano é de R$
6,25 bilhões.
A Bolsa de Valores de São
Paulo só escapou do vermelho
ontem devido às altas de Petrobras e Vale, as duas companhias de maior peso na composição do índice Ibovespa.
Em dia de alta do petróleo no
mercado internacional, após a
pouco frutífera reunião dos
principais produtores e consumidores do produto no mundo,
no fim de semana, as ações da
Petrobras subiram 1,92% (ordinárias) e 1,76% (preferenciais).
O barril de petróleo teve elevação de 1,02% em Nova York
-para US$ 136,74- e de 1,53%
em Londres.
As ações da Vale tiveram ganhos de 1,87% (ON) e 1,60%
(PNA), em um dia positivo para
o setor siderúrgico e de mineração. O setor reagiu ao fato de a
maior siderúrgica da China, a
Baosteel, ter aceito pagar um
novo reajuste no minério de
ferro (de 79,9% a 96,5%), em
acerto feito com a mineradora
Rio Tinto. O reajuste é maior
que o conseguido pela Vale em
fevereiro (de 65% a 71%).
No pregão de hoje, os investidores devem ainda se manter
cautelosos, à espera da decisão
sobre os juros americanos.
O Fomc (comitê do Fed que
define os juros) irá anunciar como fica a taxa americana, que
está em 2% anuais, na quarta. A
expectativa predominante no
mercado é que a taxa não seja
alterada. Assim, o que interessa
a analistas e investidores, e pode agitar o mercado financeiro
internacional, é o comentário
que os dirigentes do Fomc emitirão após o encontro.
Sinais mais claros de que
uma rodada de elevação nos juros norte-americanos virá em
breve, em resposta às persistentes pressões inflacionárias,
tende a ser um fator negativo
para o mercado acionário. A retomada da alta dos juros pode
afastar ainda mais os investidores das Bolsas, que representam riscos maiores que as aplicações de renda fixa.
No Brasil, o que se tem visto
neste mês é a saída elevada de
capital externo. No mês, até o
dia 18, o saldo das operações
feitas com capital externo ficou
negativo em R$ 6,39 bilhões.
O dólar fechou ontem em alta de 0,50%, cotado a R$ 1,614.
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