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CERVEJA
Cade limita uso de garrafa personalizada da AmBev
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A AmBev -agora Inbev/Anheuser-Busch-, dona de
cerca de 70% do mercado de
cerveja no país, está proibida
pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) de estender para o restante do país o uso de suas
garrafas personalizadas de
630 ml (retornáveis), hoje
utilizadas nos Estados do Rio
de Janeiro (Skol) e do Rio
Grande do Sul (Bohemia).
A decisão, que tem efeito
temporário, impede ainda
que a garrafa seja usada por
outras marcas da AmBev.
Além disso, o conselho determinou que a cervejaria
adote um sistema de troca de
vasilhames com seus concorrentes. O descumprimento
da decisão implica multa diária de R$ 50 mil.
Os concorrentes da AmBev alegam que a "nova garrafa" quebra o sistema de
compartilhamento de vasilhames que existe há 100
anos.
O Cade impôs tais condições ao julgar ontem uma
medida preventiva adotada
pela SDE (Secretaria de Direito Econômico) em maio
deste ano, que suspendia o
uso das novas garrafas e determinava o recolhimento
dos vasilhames em circulação nos mercados do Rio e de
Porto Alegre. A AmBev não
comentou a decisão.
Para a Abrabe (Associação
Brasileira de Bebidas), que
recorreu à SDE para pedir a
proibição do uso das garrafas
da AmBev, "é a primeira vez
que a AmBev recebe clara sinalização da SDE e do Cade
de que não pode utilizar sua
posição dominante para aniquilar deslealmente a concorrência", diz Paula Forgioni, advogada da Abrabe.
Para Fernando Rodrigues
de Bairros, presidente da
Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes
do Brasil), a decisão é contraditória. "A decisão é positiva
por restringir o uso da nova
garrafa. Mas deveria ter vetado o seu uso. Nós é que teremos de arcar com os custos
da troca de vasilhames."
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