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ZONA FRANCA
Presidente do PFL atribui rumores a "adversários desleais"
Bornhausen nega ser sócio de empresa
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente nacional do PFL,
senador Jorge Bornhausen (SC),
nega rumores de que seja dono ou
sócio da empresa Brasif.
Recentemente, o site da FGV
(Fundação Getúlio Vargas) apontou Bornhausen, em um verbete
biográfico do dicionário histórico-biográfico brasileiro, como
um dos sócios do grupo que controla os duty-frees no país.
"Nunca fui sócio nem dono.
Deixei o Senado, em 1991, quando
fui convidado por Jonas Barcellos
[dono do grupo Brasif], que é
meu amigo, para trabalhar na
empresa. Fui vice-presidente da
empresa em 1991 e 1992", disse o
senador. "Sai de lá, em 1992, para
ser chefe da Secretaria Geral da
Presidência da República [governo Fernando Collor]."
Segundo o político, houve um
erro da FGV. "Na minha biografia, disseram que eu era sócio da
Brasif. Havia vários erros de natureza, inclusive política." Em carta
encaminhada à fundação, o senador atribui aos seus "adversários"
o rumor de que é dono da Brasif.
"Não possuo uma só ação do
empreendimento. Isso é uma inverdade que adversários desleais
assacam contra mim sem jamais
apresentar uma só prova do que
dizem. Mesmo porque essas provas não existem", diz na carta.
Para o senador, a Brasif é uma
grande empresa que está nos aeroportos de todo o país. "[A Brasif] está nos aeroportos onde houve concorrência." Na época em
que Bornhausen foi vice-presidente da empresa, ele disse que a
Brasif operava no Rio de Janeiro,
em São Paulo e em Porto Alegre.
O amigo empresário, diz o senador, é um dos maiores criadores
de gado Nelore do Brasil. "Nós
nos conhecemos na década de 70.
Somos compadres. Fui padrinho
de casamento dele", afirma.
"Sempre há essa confusão", admite Jonas Barcellos Corrêa Filho,
dono da Brasif. "Somos amigos
há muitos anos."
Curiosamente, o único Estado
no qual a Brasif não opera duty-frees é Bahia -território do senador Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA), um dos principais rivais de Bornhausen.
Ao ser questionado sobre o assunto, o presidente do PFL diz
que "não há apadrinhamento político em concorrência pública".
Doações
A Brasif é uma das doadoras de
campanha do PFL, segundo informações disponíveis no site do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Além do partido, do qual o senador é presidente, a empresa também contribuiu para candidatos
do PPS, PMDB, PT, PV e PRTB
-a maioria do Estado de Minas
Gerais, onde a empresa tem sede.
Em 2000, a Brasif aparece na lista dos 20 maiores doadores de
campanha eleitoral.
(CLAUDIA ROLLI E FÁTIMA FERNANDES)
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