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Barraca noturna compete com venda "indoor"
DA REPORTAGEM LOCAL
A batalha entre as feiras livres e os supermercados
criou uma situação curiosa.
Cada um dos adversários resolveu adotar as ferramentas
do concorrente.
Com 15 anos de profissão,
o feirante Irajá Pereira, 39,
defende o funcionamento
noturno de feiras livres como a melhor tática para enfrentar a competição com as
grandes redes de varejo de
alimentos.
Ao lado de mais 23 colegas,
o comerciante trabalha numa feira noturna -e clandestina- na zona leste de
São Paulo. A prefeitura estuda projeto para legalizar esses empreendimentos.
Os mercados contra-atacam. A rede Comprebem
Barateiro, do grupo Pão de
Açúcar, implementou feiras
"indoor". Aos domingos, as
lojas adotam o visual de feiras livres com barracas.
Os funcionários receberam treinamento especial
para agirem como feirantes.
A meta é atrair os consumidores de classes C e D, que
são os que mais se ressentem
do clima das vendas de varejo ao ar livre.
O que pode parecer uma
estratégia ingênua de competição acabou se revelando
eficiente: ainda que não revele os dados do faturamento, o Pão de Açúcar afirma
que, neste ano ante 2003, as
vendas de hortifrútis subiram 30%.
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