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Volume total de crédito no país atinge 36,5% do PIB em maio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O volume total de crédito no
Brasil atingiu 36,5% do PIB
(Produto Interno Bruto) em
maio. Foi o melhor resultado
desde janeiro de 2005, quando
o estoque de financiamento representou 36,8% do PIB. Os financiamentos das pessoas físicas somaram 12,4% do PIB, o
mais alto da história.
O BC espera que o estoque
total de empréstimos chegue a
40% do PIB no final do ano. Somando os financiamentos para
pessoas físicas e jurídicas até
maio, o crédito no Brasil chegou a R$ 1,044 trilhão.
Apesar do crescimento de
32,1% do crédito voltado para
pessoas físicas nos últimos 12
meses até maio, o chefe do Departamento Econômico do BC,
Altamir Lopes, acredita que o
ritmo de crescimento está se
desacelerando desde março.
Em maio, o volume total de crédito de pessoas físicas cresceu
2,4% em relação ao mês anterior, puxado principalmente
pelas operações de leasing, que
cresceram 8,9% na mesma
comparação. Em abril, o crescimento comparado com o mês
anterior foi de 2,7%.
Segundo o BC, o número de
pessoas físicas endividadas no
país até fevereiro era de 15,6
milhões -alta de 47% em 26
meses. São pessoas com dívidas
superiores a R$ 5.000. Para o
BC, a taxa de adimplência, pessoas que pagam suas contas em
dia entre os que têm dívidas
mais altas, é de 95%, maior portanto que a média das pessoas
físicas. "Tá com cara de desaceleração do crédito das pessoas
físicas. Está havendo uma acomodação", disse Lopes.
Segundo ele, as famílias estão
mais conservadoras na tomada
de crédito desde março, um
mês antes do início do aumento
da Selic. "Há uma cautela por
parte dos tomadores e também
por quem concede."
O economista-chefe do SLW,
Carlos Thadeu de Freitas Filho,
lembra que em março os bancos já estavam repassando aos
clientes a expectativa de elevação dos juros. Por isso, houve
desaceleração do ritmo de aumento. Mas ele prevê que o ritmo forte de oferta de financiamentos deverá voltar quando o
ciclo de alta dos juros terminar.
"Esse ajuste de desaceleração é
temporário. Quando este ciclo
terminar, os bancos vão querer
acelerar sua participação no
mercado de crédito."
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