SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ONLINE

A crise dos títulos da dívida brasileira já motiva fusão entre corretoras que amargaram prejuízos com os papéis do governo nas últimas semanas.
Ontem, o banco carioca Prosper anunciou que deve fechar até a próxima sexta-feira as negociações para fundir sua corretora à Equity, também do Rio.
Os detalhes da negociação não foram divulgados. Segundo reportagem publicada ontem pelo jornal "Valor Econômico", a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) e a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) devem comprar os títulos patrimoniais excedentes após a fusão das corretoras.
São esses títulos patrimoniais que permitem que as duas instituições negociem nas duas Bolsas. Com a união, não há a necessidade de manter o mesmo número de cotas. Essa recompra dos títulos teria de ser aprovada pelo conselho da BM&F e pelo da Bovespa.
O prejuízo das corretoras com os títulos públicos obriga algumas instituições a realizar aporte de capital para cobrir as perdas.
Os diretores das corretoras afetadas pela crise evitam comentar o assunto publicamente. Eles temem uma fuga dos clientes e dizem que o problema é do mercado em geral.



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