DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O déficit comercial com a Argentina chegou a US$ 1,296 bilhão de janeiro a maio. O parceiro passou a ocupar o primeiro lugar da lista de países com quem o Brasil possui déficit comercial.
O saldo negativo com o vizinho ultrapassou a Alemanha, tradicionalmente o país com quem o Brasil possui o maior déficit por causa das importações de manufaturados, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior.
A queda nas exportações para a Argentina, de 66,6% até maio, representa mais da metade da redução de 12,2% nas vendas totais. A participação do parceiro do Mercosul nas vendas externas brasileiras caiu de 10% para 3,8%.
Antes da crise, a Argentina era o maior mercado consumidor dos produtos manufaturados brasileiros, mas a queda nas vendas para o vizinho correspondeu a 85% da retração nas exportações totais dessas mercadorias, cuja queda foi de 8% nos cinco primeiros meses do ano.
O setor automotivo é responsável por 13% do déficit comercial acumulado com a Argentina. O governo teme que o novo acordo automotivo do Mercosul, que está em negociação, possa aumentar o saldo negativo.
Apesar da taxa de câmbio favorável, as exportações brasileiras globais diminuíram 12,2% de janeiro a maio. Além da crise na Argentina, o desaquecimento da economia, a queda dos preços internacionais e a greve da Receita, iniciada em abril, estão contribuindo para o fraco desempenho.



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