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Bolsa de SP tem queda de 4,65% na semana
Bovespa desceu a 57 mil pontos; dólar vai a R$ 1,573
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana, marcada pela surpresa com a elevação da taxa
básica de 12,25% para 13%
anuais, foi bastante punitiva
para a Bovespa. Com desvalorização semanal de 4,65%, a Bolsa de Valores de São Paulo recuou para 57.199 pontos, o que
representa seu menor patamar
desde o mês de janeiro.
No pregão de ontem, o índice
Ibovespa ensaiou uma recuperação e chegou a subir 0,48%,
mas não conseguiu sustentar a
melhora e acabou por encerrar
em queda de 0,41%.
O mau desempenho das últimas semanas levou a Bolsa
paulista a acumular desvalorização de 12,03% no mês.
Os pregões de ontem nos
EUA foram beneficiados por
dados econômicos melhores
que as projeções do mercado. A
elevação nas encomendas de
bens duráveis em junho e a melhora na confiança do consumidor americano favoreceram o
dia mais tranqüilo no mercado.
Ontem, o Dow Jones subiu
0,21%, e a Bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 1,35%.
"Está tudo muito nebuloso, é
difícil saber qual vai ser o cenário nos EUA neste semestre. A
única certeza é que a volatilidade vai prosseguir. E a Bovespa
vai seguir bastante instável",
afirma Carlos Cintra, gerente
de renda fixa do Banco Prosper.
Além das incertezas que o cenário internacional carrega, a
intensificação no processo de
elevação da taxa básica Selic
não é animadora para a Bovespa. Para o mercado acionário,
juros elevados não costumam
ser uma boa notícia, pois taxas
maiores levam investidores a
ficarem tentados a migrar para
aplicações como os fundos DI e
os CDBs.
Na próxima quinta-feira o
Copom (Comitê de Política
Monetária) vai apresentar a ata
de sua reunião. No documento
analistas e investidores encontrarão explicações para a taxa
Selic ter sido elevada em 0,75
ponto, e não em 0,50 ponto, como muitos esperavam.
Para o mercado de câmbio, os
juros maiores podem representar uma apreciação ainda mais
forte do real. Investidores estrangeiros podem ficar tentados a trazer mais dinheiro para
o Brasil com a intenção de lucrar com os juros cada vez mais
elevados, movimento que derrubaria ainda mais o dólar.
Ontem o dólar encerrou em
baixa de 0,41%, vendido a R$
1,573, em seu menor nível desde janeiro de 99.
Dos 66 papéis que estão na
composição do Ibovespa, 50
encerraram a semana com perdas. As ações da Usiminas foram as que mais caíram, terminando a semana com perdas de
11,87% (PNA) e 11,15% (ON).
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