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Bovespa cai 2,46% com pessimismo nos EUA
Ações de bancos lideram perdas; no mês, Bolsa de SP recua 8,45%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana não começou nada
bem para o mercado acionário.
Quedas nas Bolsas marcaram
os pregões de ontem no Brasil,
nos EUA e na Europa. A Bolsa
de Valores de São Paulo, que
ensaiou uma recuperação na
semana passada, encerrou ontem com perdas de 2,46%.
O índice Dow Jones, da Bolsa
de Nova York, registrou queda
de 2,08%; a Nasdaq terminou
com baixa de 2,03%.
Em Wall Street, os investidores começaram o dia desanimados com a seguradora AIG, que
teve sua previsão de lucro rebaixada pelo banco Credit Suisse. As ações da AIG tiveram
perdas de 5,49%.
Outra queda expressiva foi a
sofrida pelos papéis do Lehman
Brothers, que recuaram 6,66%.
Declarações de um representante da comissão de serviços
financeiros da Coréia do Sul levantaram dúvidas em relação à
possibilidade, surgida na sexta-feira, de um banco do país asiático comprar o fragilizado Lehman Brothers.
Ações de outros bancos não
foram poupadas, como mostra
o fechamento de Bank of America (-4,14%), JPMorgan
(-4,09%) e Citigroup (-2,92%).
A divulgação do recuo nos valores dos imóveis nos EUA foi
outra notícia recebida com pessimismo no mercado, que
aguarda sinais de recuperação
do setor imobiliário.
No mercado brasileiro, os
bancos também recuaram. Mas
foi principalmente a queda das
ações da Petrobras que fez o índice Ibovespa recuar para
54.477 pontos. Com essa pontuação, o Ibovespa passou a ter
perdas de 8,45% no mês. O baixo volume negociado na Bolsa
ilustra o desânimo do investidor: ontem foram movimentados apenas R$ 2,58 bilhões,
sendo que a média anual por
pregão supera os R$ 6 bilhões.
Nem a alta de 0,45% registrada pelo barril de petróleo, que
fechou ontem a US$ 115,11 em
Nova York, deu ânimo à Petrobras, cujas ações recuaram
4,19% (PN) e 3,38% (ON).
Além da continuidade no
movimento de venda de ações
conduzido pelos estrangeiros,
que são grandes compradores
dos papéis da empresa, as indecisões do governo em relação às
futuras explorações das reservas do pré-sal têm prejudicado
a Petrobras, afirmam analistas.
No setor bancário, as quedas
não foram pequenas: Itaú PN
perdeu 3,16%, seguida por Banco do Brasil ON (-3,10%), Unibanco UNT (-2,74%) e Bradesco PN (-2,23%).
Fora do índice Ibovespa, destaque para as perdas fortes dos
papéis de Agrenco (-15,15%) e
Laep (-17,36%).
Com a piora do cenário nos
mercados internacionais, o dólar subiu diante do real, 0,31%,
para encerrar a R$ 1,633.
A agenda carregada dos próximos dias tende a fazer com
que a semana seja de bastante
oscilação nos mercados financeiros. A divulgação da ata da
última reunião do Fed (o banco
central dos EUA), na tarde de
hoje, é o evento mais aguardado por analistas e investidores.
O documento dará sinais sobre
o futuro da política monetária.
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