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Indústria alimentícia impulsiona
o mercado de trabalho em Marília
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Se comer é essencial, produzir
alimentos pode ser um bom negócio. O foco na indústria alimentícia é uma das razões para que o
nível de emprego na região de
Marília (444 km a noroeste de São
Paulo) tenha crescido 4% nos últimos 12 meses. Na cidade de São
Paulo, o nível de emprego acumulou queda de 2,83%.
"A indústria alimentícia, pelo
próprio crescimento vegetativo
do mercado interno, acaba crescendo também", diz Paulo Boechat, diretor do Ciesp (Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo) da região de Marília. A Adima
(Associação das Indústrias Alimentícias de Marília) reúne 42
empresas na região.
Segundo o empresário, a migração de empresas do setor para o
município, como foi o caso da
Nestlé há um ano, e a ampliação
das vendas para o mercado externo também influenciaram positivamente o nível de emprego.
A Yoki Alimentos, que emprega
atualmente 280 pessoas na unidade de Marília, iniciou em agosto a
construção de uma nova planta
industrial, que irá absorver a unidade de Pompéia (474 km a noroeste de São Paulo). A previsão é
ampliar em 40% o número de empregos no município.
"O setor alimentício é o último a
entrar na crise e o primeiro a sair
dela", afirma José Barion Júnior,
diretor administrativo e de Recursos Humanos da indústria de alimentos Dori.
Para o empresário, ex-diretor
regional do Ciesp na região, a
criação de um grupo de discussão
e apoio ao desenvolvimento do
município -envolvendo entidades como a associação comercial,
prefeitura, Sesi, Senai e sindicatos- foi o diferencial para o crescimento da indústria e o consequente aumento de empregos.
"Há um jogo conjunto na busca
pela melhoria de qualidade e produtividade. Ao mesmo tempo que
as empresas baixam a guarda e
não vêem as outras só como concorrentes", disse o empresário.
O Grupo de Entidades de Apoio
ao Desenvolvimento foi criado
formalmente em 2000 e reúne representantes de todos os setores
da indústria local. O pólo metalúrgico de Marília, apesar de não
ter contratado nos dois últimos
anos, constitui a maior fonte de
arrecadação de impostos do município. Mas é a indústria de alimentos a que mais emprega.
A vocação para a indústria de
alimentos de Marília surgiu a partir da década de 50, com a mudança da fronteira de cultivo da soja.
Desde 1998, Marília se autodenomina a "Capital Nacional do Alimento" -título aprovado pela
Câmara Municipal da cidade.
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