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Com produto novo caro, cresce procura por conserto
DA REPORTAGEM LOCAL
"O cliente vem aqui, a gente
conversa, tenta se entender. Com
o aumento no preço de tudo nas
lojas, tem mais gente querendo
saber se vale a pena consertar a
mercadoria." A afirmação é do
comerciante Antonio Silvério
Corrêa, dono de uma loja de usados no centro da capital paulista.
Segundo informaram alguns
comerciantes à Folha, a procura
por informações a respeito do
preço cobrado para o conserto de
itens usados sobe em alguns períodos do ano. Mas nem sempre o
cliente opta pelo conserto.
"Às vezes, ele prefere esperar até
tem mais algum dinheiro no bolso e comprar um novo produto.
Por isso tentamos negociar um
preço mais em conta", diz Francisco Chagas, que conserta microcomputadores no bairro de Santa Ifigênia, em São Paulo.
Nas lojas, os preços sobem de
forma constante, segundo pesquisa da Fipe para apurar a inflação na capital paulista. Os preços
de equipamentos eletrônicos subiram 16,1% de abril de 2002 a
março de 2003. A inflação no período foi de 13,8%.
A tendência é que a procura por
serviços de conserto cresçam em
períodos após um consumo elevado, principalmente após o Natal. Isso ocorre porque o cliente gasta nas festas de final de ano e,
sem recursos, não pode trocar o
produto antigo por um novo.
As associações comerciais de
São Paulo não têm dados sobre o
volume de negócios desse mercado de usados.
Segundo o IDC, especializado
em pesquisas para o mercado de
informática, cerca de 68% dos
computadores existentes nos domicílios brasileiros são produtos
ilegais, que entraram no país sem
pagar imposto.
(AM)
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