|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bovespa tem baixa pelo terceiro dia consecutivo
Ações de bancos recuam e
prejudicam a Bolsa de SP
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A três pregões para encerrar
o mês, parece cada vez mais difícil de a Bovespa sair do vermelho no período. A queda da
Bolsa ontem foi branda, de
0,22%, mas representou o terceiro dia seguido de perdas.
Com isso, a desvalorização acumulada pela Bovespa em agosto está em 8,65%.
Nem as ações da Petrobras
salvaram a Bovespa. Com petróleo em alta, as ações preferenciais da Petrobras conseguiram se valorizar em 1,12%, e as
ordinárias ganharam 0,86%.
O barril de petróleo encerrou
as operações de ontem vendido
a US$ 116,27 em Nova York,
com apreciação de 1,01%.
A queda dos papéis dos grandes bancos brasileiros pesou
mais no resultado final do índice Ibovespa -que reúne as 66
ações de maior liquidez. No setor, destaque para as desvalorizações de Banco do Brasil ON
(-2,54%), Bradesco PN
(-2,05%) e Itaú PN (-1,14%).
Na primeira hora de pregão, a
Bovespa acompanhou a boa recepção do mercado americano
à divulgação do aumento da
confiança do consumidor nos
EUA e chegou a subir 1,12% na
máxima. Mas não se sustentou
nesse patamar.
No mercado dos EUA, os resultados foram mistos: o índice
Dow Jones encerrou em alta de
0,23%; já a Bolsa eletrônica
Nasdaq caiu 0,15%.
A esperada ata da mais recente reunião do Fed (o banco
central norte-americano) não
trouxe grandes novidades que
pudessem definir o rumo dos
mercados. O documento indicou que os juros devem ser elevados nos Estados Unidos em
um futuro próximo.
O início de um ciclo de elevação de juros nos EUA seria mais
um ponto negativo para o mercado acionário. Para a Bovespa,
devido à forte participação dos
estrangeiros, um cenário desses seria ruim.
A saída de estrangeiros dos
pregões da Bolsa, que se estende desde junho, ao menos perdeu fôlego neste mês. Até o último dia 22, o balanço dos negócios dos estrangeiros na Bovespa estava negativo em R$ 2,09
bilhões. Em junho e julho, saíram mais de R$ 7 bilhões em
capital externo em cada mês.
Junto a uma venda de ações
menos maciça pelos estrangeiros, tem sido visto na Bolsa de
Valores de São Paulo um encolhimento na movimentação
diária. No pregão de ontem, o
giro financeiro ficou em R$
3,28 bilhões. A média diária do
ano é de R$ 6,01 bilhões movimentados por pregão.
Mais uma vez, os papéis da
Agrenco foram o grande destaque negativo do dia. A empresa
admitiu, em fato relevante, que
pode chegar a solicitar recuperação judicial. Seus papéis desabaram 47,6% ontem e encerraram cotados a R$ 0,44.
Outro papel com queda expressiva na Bolsa foi o da Laep,
que recuou 19,32%.
O dólar chegou a subir na
abertura das operações, sendo
cotado na máxima a R$ 1,647.
Mas encerrou vendido a R$
1,632, em leve baixa de 0,06%.
Texto Anterior: Europa: Alemanha confirma o 1º tri negativo em quase quatro anos Próximo Texto: Ações: UBS recomenda compra de papéis da América Latina Índice
|