São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2008

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Bovespa tem baixa pelo terceiro dia consecutivo

Ações de bancos recuam e prejudicam a Bolsa de SP

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A três pregões para encerrar o mês, parece cada vez mais difícil de a Bovespa sair do vermelho no período. A queda da Bolsa ontem foi branda, de 0,22%, mas representou o terceiro dia seguido de perdas. Com isso, a desvalorização acumulada pela Bovespa em agosto está em 8,65%.
Nem as ações da Petrobras salvaram a Bovespa. Com petróleo em alta, as ações preferenciais da Petrobras conseguiram se valorizar em 1,12%, e as ordinárias ganharam 0,86%.
O barril de petróleo encerrou as operações de ontem vendido a US$ 116,27 em Nova York, com apreciação de 1,01%.
A queda dos papéis dos grandes bancos brasileiros pesou mais no resultado final do índice Ibovespa -que reúne as 66 ações de maior liquidez. No setor, destaque para as desvalorizações de Banco do Brasil ON (-2,54%), Bradesco PN (-2,05%) e Itaú PN (-1,14%).
Na primeira hora de pregão, a Bovespa acompanhou a boa recepção do mercado americano à divulgação do aumento da confiança do consumidor nos EUA e chegou a subir 1,12% na máxima. Mas não se sustentou nesse patamar.
No mercado dos EUA, os resultados foram mistos: o índice Dow Jones encerrou em alta de 0,23%; já a Bolsa eletrônica Nasdaq caiu 0,15%.
A esperada ata da mais recente reunião do Fed (o banco central norte-americano) não trouxe grandes novidades que pudessem definir o rumo dos mercados. O documento indicou que os juros devem ser elevados nos Estados Unidos em um futuro próximo.
O início de um ciclo de elevação de juros nos EUA seria mais um ponto negativo para o mercado acionário. Para a Bovespa, devido à forte participação dos estrangeiros, um cenário desses seria ruim.
A saída de estrangeiros dos pregões da Bolsa, que se estende desde junho, ao menos perdeu fôlego neste mês. Até o último dia 22, o balanço dos negócios dos estrangeiros na Bovespa estava negativo em R$ 2,09 bilhões. Em junho e julho, saíram mais de R$ 7 bilhões em capital externo em cada mês.
Junto a uma venda de ações menos maciça pelos estrangeiros, tem sido visto na Bolsa de Valores de São Paulo um encolhimento na movimentação diária. No pregão de ontem, o giro financeiro ficou em R$ 3,28 bilhões. A média diária do ano é de R$ 6,01 bilhões movimentados por pregão.
Mais uma vez, os papéis da Agrenco foram o grande destaque negativo do dia. A empresa admitiu, em fato relevante, que pode chegar a solicitar recuperação judicial. Seus papéis desabaram 47,6% ontem e encerraram cotados a R$ 0,44.
Outro papel com queda expressiva na Bolsa foi o da Laep, que recuou 19,32%.
O dólar chegou a subir na abertura das operações, sendo cotado na máxima a R$ 1,647. Mas encerrou vendido a R$ 1,632, em leve baixa de 0,06%.


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