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Lula destaca crença num "futuro melhor"
FHC lembra conselhos de Setubal sobre importância de conter inflação; para Ermírio, país perde um "grande patriota"
Lázaro Brandão destaca "excelsa atuação" de banqueiro; mais de 3.500 pessoas comparecem a velório na sede do Itaú
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota ontem
enaltecendo o banqueiro Olavo
Setubal como um dos grandes
empresários brasileiros contemporâneos. "Sempre acreditou que era possível construir
um futuro melhor e deu uma
importante contribuição ao desenvolvimento do país, especialmente na área financeira."
Na lembrança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ficarão os seus conselhos.
"Dava-me opiniões pensando
no bem do país. Olavo repetia
que a estabilidade da moeda é
tudo, e que acabar com a inflação significaria uma mudança
fundamental para o Brasil."
Lázaro de Mello Brandão,
presidente do conselho de administração do Bradesco, exaltou a "excelsa atuação" de Setubal no cenário empresarial, enquanto Fabio Barbosa, presidente da Febraban (Federação
Brasileira de Bancos), ressaltou
que ele deixou "exemplo ímpar
de profissionalismo, dedicação
e valores éticos".
Para Henrique Meirelles, do
Banco Central, o Brasil perde
um de seus grandes homens.
"Sua liderança se pautou pelo
empreendedorismo, capacidade de trabalho, visão e integridade pessoal", afirmou. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou a ajuda de Setubal para aumentar a taxa de financiamento do país. "Foi um
grande homem público e dono
de um dos bancos mais importantes e respeitáveis do país."
Cerca de 3.500 pessoas haviam passado pelo velório de
Setubal até o início da noite de
ontem em São Paulo. Repleto
de coroas de flores, o salão do
Centro Empresarial Itaúsa, no
Jabaquara, recebeu muitos políticos, como os principais candidatos à Prefeitura de São
Paulo, e empresários, como os
banqueiros Moise Safra, Marcio Cypriano, presidente do
Bradesco, e Pedro Moreira Salles, presidente do Unibanco.
O governador paulista, José
Serra, disse ter grande satisfação por gozar da sua amizade.
"Um homem que marcou a vida
brasileira nas últimas décadas."
"Será lembrado como parte
de uma geração de empresários que voltaram os olhos para
os principais problemas sociais que desafiam nosso país.
Perdi um grande amigo pessoal, mas o Brasil perdeu um
grande patriota", lamentou,
em nota, Antônio Ermírio de
Moraes, presidente do Grupo
Votorantim.
(DG e MG)
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