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FRAUDES DO CAPITAL
Calisto Tanzi, que estava fora do país, é acusado de fraude; tribunal declara a insolvência da empresa
Ex-presidente e fundador da Parmalat é preso na Itália
DA REDAÇÃO
O fundador, acionista majoritário e ex-presidente da Parmalat,
Calisto Tanzi, 65, foi preso ontem
em Milão a pedido da Justiça, acusado de fraude. Horas antes, um
tribunal de falências na Itália havia declarado a insolvência do
braço principal de operação da
Parmalat, três dias após o pedido
de concordata da empresa.
No início da semana, Tanzi e
três ex-diretores financeiros da
empresa haviam sido indiciados
pela Justiça italiana. O fundador
chegou a deixar o país e, segundo
TVs italianas, teria ligado da Espanha para os investigadores, no
início da semana, alegando não
estar foragido e que precisava de
um tempo para descansar.
Tanzi, que fundara o grupo alimentício em 1961, renunciou à
presidência da empresa e do conselho depois da revelação, neste
mês, de um "buraco" nas contas
da Parmalat. Promotores envolvidos na investigação dizem que o
rombo deve superar 10 bilhões.
A insolvência abre espaço para
que a Parmalat continue a operar
enquanto negocia as dívidas. A
medida foi tomada depois que o
tribunal de Parma, cidade próxima à sede da empresa, ouviu a exposição de Enrico Bondi, administrador do grupo nomeado pelo
governo após a saída de Tanzi, sobre a situação financeira.
Com a insolvência, a Parmalat
poderá continuar pagando os empregados e os produtores de leite
e, com isso, manter suas atividades. No período, o tribunal de
Parma analisará, em 120 dias, a situação de endividamento.
Os juízes que investigam o caso
já identificaram cerca de 20 pessoas envolvidas na suposta fraude, incluindo atuais e ex-diretores
do grupo e auditores externos.
Com agências internacionais
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