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Paralisação da obra onera tarifa de Angra 3
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O repasse de custos provocados pela paralisação por
mais de 20 anos das obras de
Angra 3 podem "onerar de
forma injusta e excessiva" a
tarifa da usina nuclear, segundo Antonio Muller, presidente da Abdan (Associação Nacional para o Desenvolvimento de Atividades
Nucleares).
Pelos cálculos da entidade,
61% dos custos totais da usina foram acumulados enquanto o projeto ficou parado. O investimento previsto
para a conclusão da obra é de
R$ 7,2 bilhões.
As despesas com a paralisação do projeto, diz a Abdan, foram levadas em conta
no estudo preliminar realizado pelo governo, que apontou uma tarifa de referência
de R$ 140 por MW/h para a
energia de Angra 3.
Apesar desse indicativo, o
governo não bateu o martelo
ainda sobre a tarifa. O Ministério de Minas e Energia informou que um grupo
-composto também por
EPE (Empresa de Pesquisa
Energética), Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica) e Eletronuclear- avalia
ainda a questão e que não há
definição sobre o teto tarifário da energia que será gerada pela usina nuclear.
"Caro é ficar sem energia e
Angra 3 reduz sensivelmente
o risco de apagão, mas, mesmo assim, o consumidor não
pode pagar pelo erro estratégico de governos passados",
diz Muller.
Segundo ele, só com a manutenção e armazenagem
dos equipamentos já comprados o gasto anual chega a
US$ 20 milhões. "Sem a paralisação do projetos, o custo
da energia de Angra 3 seria
muito mais competitivo."
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