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Feira cobra até 25% mais do que mercado, afirma FGV
DA SUCURSAL DO RIO
Feira livre pode ser sinônimo
de produto mais fresco, mas
não significa preço mais baixo,
mostra pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas). O levantamento feito pela fundação
aponta que as diferenças de
preços entre feiras livres e supermercados em São Paulo, no
Rio de Janeiro e em Belo Horizonte pode chegar a até 25%.
Segundo a FGV, por comprarem no atacado em maior
quantidade, os supermercados
têm condições de praticar preços mais em conta para os consumidores.
A fundação comparou os preços de seis produtos: batata-inglesa, tomate, alface, limão,
maçã e laranja-pêra no mês de
junho. "Os produtos foram escolhidos em razão da facilidade
de comparação entre as cidades", afirma André Braz, coordenador de Índices de Preços
ao Consumidor da FGV.
Na lista de produtos pesquisados, o limão apresentou a
maior diferença percentual de
preço. Na média dos supermercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o produto custava R$ 0,96. Nas feiras livres, o mesmo item saía
por R$ 1,20, uma variação de
25% em relação aos mercados.
A diferença de preço da maçã
ficou em 24,5% e a da laranja-pêra foi de 22,9%. A batata-inglesa apresentou a menor diferença em termos percentuais,
de 13,2%.
"Nem sempre o consumidor
consegue barganhar e obter
preços menores na feira. Isso
ocorre porque o poder de compra de cada comerciante é menor. Em compensação, no final
da feira, os preços tendem a ser
mais baixos", afirmou Braz.
O economista destaca, no entanto, que na feira a possibilidade de escolher produtos de
qualidade superior é maior
porque há mais concorrência
entre diversos comerciantes
que oferecem os mesmos produtos. O levantamento foi feito
com base na média de preço das
principais redes varejistas.
Segundo Braz, embora existam supermercados voltados
para um público de maior poder aquisitivo e que investem
em produtos diferenciados, a
média de preços tende a acompanhar os praticados nos supermercados mais populares.
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