São Paulo, terça-feira, 30 de maio de 2006

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MERCADO ABERTO

Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br

PIB cresceu 1,3% no 1º tri, projeta banco

O PIB cresceu 1,3% no primeiro trimestre deste ano em relação ao último trimestre do ano passado e 3,1% em comparação ao mesmo período de 2005, segundo previsão do departamento econômico do Credit Suisse Brasil.
Caso se confirme o resultado, o PIB acumulado dos últimos quatro trimestres sobe para 2,4% -estava em 2,3% até dezembro do ano passado. O IBGE divulga amanhã os números do PIB trimestral.
De acordo com o relatório do CS, depois da queda dos últimos dois trimestres (ante o mesmo período do ano anterior), a agropecuária será a grande responsável pela alta do PIB. A previsão do CS é um crescimento do PIB agropecuário de 5% em relação ao quarto trimestre do ano passado e de 3,9% em comparação ao mesmo período de 2005.
Segundo o banco, a indústria cresceu 1,3% no primeiro trimestre em relação ao quarto de 2005 e 4,2% em comparação ao primeiro de 2005. Já o setor de serviços cresceu 0,3% de janeiro a março deste ano em comparação ao último trimestre de 2005 e 2,1% em relação ao primeiro do mesmo ano.
Apesar da queda dos juros neste ano, o CS prevê uma desaceleração no crescimento do PIB no segundo semestre. Dessa vez, a agropecuária irá fazer o papel inverso, mesmo com os bons resultados esperados para indústria e serviços. "A agricultura vai fazer toda a diferença neste ano", diz Nilson Teixeira, chefe do departamento econômico do banco.
Em razão da queda no ritmo de crescimento no segundo semestre, o CS acredita em uma expansão do PIB de 3% para este ano, bem abaixo dos 4% previstos pelo governo e dos 3,5% pela média do mercado.
Teixeira considera, porém, 3% um excelente resultado para 2006, já que significará o maior ciclo de crescimento no país nos últimos 15 anos. Se, em 2007, o país também crescer, como se prevê, será o maior ciclo dos últimos 25 anos.

UE NA FIESP
José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Européia, se reúne, na próxima quinta-feira, com empresários na Fiesp. O encontro promete cobranças bilaterais, dada a discussão sobre redução de subsídios e tarifas agrícolas por parte dos europeus e de impostos para importação de bens industriais pelo Brasil. O encontro acontece em um dos momentos mais críticos da Rodada Doha da OMC.

PRÓ-ARTESANATO
Pela primeira vez, o Salão do Turismo, que começa na sexta, em SP, reunirá lojistas, artesãos e associações que os representam, bares e restaurantes para participar de rodadas de negócios.

EFEITO CÂMBIO
A desvalorização do câmbio até abril "inflou" a alta de medicamentos contra disfunção erétil. Líder do mercado de janeiro a abril, o Cialis, por exemplo, vendeu 52,5% a mais em dólares ante o mesmo período de 2005. Em reais, a alta foi de 24,7%.

RECUPERAÇÃO CONTÍNUA
O acesso em banda larga à internet, que, cada vez mais, serve de "carro-chefe" para a expansão e a fidelização de clientes, e a entrada mais agressiva das principais operadoras de TV por assinatura no segmento de telefonia VoIP devem impulsionar o mercado de TV paga neste ano, segundo a consultoria Lafis. A previsão é que o faturamento do setor mantenha o ritmo de alta em dois dígitos e cresça 18,6% neste ano, enquanto o número de assinantes chegue a 4,55 milhões no país (gráfico acima).


DE OLHO NO ORIENTE
Enquanto empresários de diversos segmentos estudam maneiras de lidar com o crescimento do mercado asiático, a KaVo do Brasil, braço da multinacional alemã fabricante de produtos odontológicos, mira países como China, Cingapura, Filipinas e Malásia, entre outros. No próximo mês, o grupo deve iniciar as exportações para a Indonésia e, em agosto, a previsão é chegar à China. "As exportações são nosso foco prioritário, representam 51% dos nossos negócios", afirma Henrique Azevedo, diretor-presidente da empresa. Para 2007, o plano é consolidar as ações na região. O carro-chefe da empresa é a linha de produtos econômicos e "standard", representados por uma cadeira odontológica que foi aperfeiçoada conforme sugestões dos clientes. Na Ásia, a estimativa é que o consumo seja maior por parte de instituições governamentais, mercado privado, universidades e fabricantes de outras cadeiras -no caso de outros instrumentos.

ALTA DO EMPREGO
O nível de emprego da construção pesada registrou alta de 16,6% no acumulado de 12 meses encerrados em abril, com a abertura de 4.944 postos de trabalho. Em abril, o setor teve queda de 0,28%, com a demissão de 97 trabalhadores ante o mês de março. Segundo o Sinicesp, que representa o setor, no mês passado, o setor empregava 29.733 trabalhadores, contra 34.677 empregados de abril deste ano.

SOBE O PANO
As vendas das lojas de vestuário, tecidos e calçados tiveram alta de 22,7% no primeiro trimestre. Entre os motivos, a oferta de crédito e a expansão da renda, segundo pesquisa que a Fecomercio SP divulga hoje.

DANÇA DAS CADEIRAS
Arnaldo Bisoni renunciou ontem à presidência da Helios, após concluir a primeira fase de reestruturação do grupo. Assume o cargo Helio Sacchi, ex-diretor-presidente da fabricante de materiais de escritório e escolares.

ESTRATÉGICO
Desde 2000 no Brasil, o grupo espanhol Flex, um dos mais tradicionais fabricantes de colchões de molas da Europa, contratou novos executivos no Brasil, incluindo um diretor-geral, Edmílson Santoro. O objetivo é registrar uma expansão de 40% nas vendas e ampliar a participação no mercado.

PARCERIA NA TELONA
A rede Telecine fechou parceria com o Reserva Cultural, cinema na av. Paulista, em São Paulo, para ter direito a uma sessão mensal no espaço a partir de junho. Serão exibidos filmes "cult" selecionados por personalidades. O escolhido para estrear a sessão é o médico e escritor Dráuzio Varella.


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