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MERCADO ABERTO
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
PIB cresceu 1,3% no 1º tri, projeta banco
O PIB cresceu 1,3% no primeiro trimestre deste ano em
relação ao último trimestre do
ano passado e 3,1% em comparação ao mesmo período de
2005, segundo previsão do departamento econômico do Credit Suisse Brasil.
Caso se confirme o resultado,
o PIB acumulado dos últimos
quatro trimestres sobe para
2,4% -estava em 2,3% até dezembro do ano passado. O IBGE divulga amanhã os números do PIB trimestral.
De acordo com o relatório do
CS, depois da queda dos últimos dois trimestres (ante o
mesmo período do ano anterior), a agropecuária será a
grande responsável pela alta do
PIB. A previsão do CS é um
crescimento do PIB agropecuário de 5% em relação ao quarto
trimestre do ano passado e de
3,9% em comparação ao mesmo período de 2005.
Segundo o banco, a indústria
cresceu 1,3% no primeiro trimestre em relação ao quarto de
2005 e 4,2% em comparação ao
primeiro de 2005. Já o setor de
serviços cresceu 0,3% de janeiro a março deste ano em comparação ao último trimestre de
2005 e 2,1% em relação ao primeiro do mesmo ano.
Apesar da queda dos juros
neste ano, o CS prevê uma desaceleração no crescimento do
PIB no segundo semestre. Dessa vez, a agropecuária irá fazer
o papel inverso, mesmo com os
bons resultados esperados para
indústria e serviços. "A agricultura vai fazer toda a diferença
neste ano", diz Nilson Teixeira,
chefe do departamento econômico do banco.
Em razão da queda no ritmo
de crescimento no segundo semestre, o CS acredita em uma
expansão do PIB de 3% para este ano, bem abaixo dos 4% previstos pelo governo e dos 3,5%
pela média do mercado.
Teixeira considera, porém,
3% um excelente resultado para 2006, já que significará o
maior ciclo de crescimento no
país nos últimos 15 anos. Se, em
2007, o país também crescer,
como se prevê, será o maior ciclo dos últimos 25 anos.
UE NA FIESP
José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Européia, se reúne, na
próxima quinta-feira, com
empresários na Fiesp. O encontro promete cobranças
bilaterais, dada a discussão
sobre redução de subsídios e
tarifas agrícolas por parte
dos europeus e de impostos
para importação de bens industriais pelo Brasil. O encontro acontece em um dos
momentos mais críticos da
Rodada Doha da OMC.
PRÓ-ARTESANATO
Pela primeira vez, o Salão
do Turismo, que começa na
sexta, em SP, reunirá lojistas, artesãos e associações
que os representam, bares e
restaurantes para participar
de rodadas de negócios.
EFEITO CÂMBIO
A desvalorização do câmbio até abril "inflou" a alta de
medicamentos contra disfunção erétil. Líder do mercado de janeiro a abril, o Cialis, por exemplo, vendeu
52,5% a mais em dólares ante o mesmo período de 2005.
Em reais, a alta foi de 24,7%.
RECUPERAÇÃO CONTÍNUA
O acesso em banda larga à internet, que, cada vez mais, serve
de "carro-chefe" para a expansão e a fidelização de clientes, e a
entrada mais agressiva das principais operadoras de TV por assinatura no segmento de telefonia VoIP devem impulsionar o
mercado de TV paga neste ano, segundo a consultoria Lafis. A
previsão é que o faturamento do setor mantenha o ritmo de alta
em dois dígitos e cresça 18,6% neste ano, enquanto o número de
assinantes chegue a 4,55 milhões no país (gráfico acima).
DE OLHO NO ORIENTE
Enquanto empresários de diversos segmentos estudam
maneiras de lidar com o crescimento do mercado asiático, a
KaVo do Brasil, braço da multinacional alemã fabricante de
produtos odontológicos, mira países como China, Cingapura,
Filipinas e Malásia, entre outros. No próximo mês, o grupo
deve iniciar as exportações para a Indonésia e, em agosto, a
previsão é chegar à China. "As exportações são nosso foco
prioritário, representam 51% dos nossos negócios", afirma
Henrique Azevedo, diretor-presidente da empresa. Para
2007, o plano é consolidar as ações na região. O carro-chefe
da empresa é a linha de produtos econômicos e "standard",
representados por uma cadeira odontológica que foi aperfeiçoada conforme sugestões dos clientes. Na Ásia, a estimativa
é que o consumo seja maior por parte de instituições governamentais, mercado privado, universidades e fabricantes de
outras cadeiras -no caso de outros instrumentos.
ALTA DO EMPREGO
O nível de emprego da
construção pesada registrou
alta de 16,6% no acumulado
de 12 meses encerrados em
abril, com a abertura de
4.944 postos de trabalho.
Em abril, o setor teve queda
de 0,28%, com a demissão de
97 trabalhadores ante o mês
de março. Segundo o Sinicesp, que representa o setor,
no mês passado, o setor empregava 29.733 trabalhadores, contra 34.677 empregados de abril deste ano.
SOBE O PANO
As vendas das lojas de vestuário, tecidos e calçados tiveram alta de 22,7% no primeiro trimestre. Entre os
motivos, a oferta de crédito e
a expansão da renda, segundo pesquisa que a Fecomercio SP divulga hoje.
DANÇA DAS CADEIRAS
Arnaldo Bisoni renunciou
ontem à presidência da Helios, após concluir a primeira fase de reestruturação do
grupo. Assume o cargo Helio
Sacchi, ex-diretor-presidente da fabricante de materiais
de escritório e escolares.
ESTRATÉGICO
Desde 2000 no Brasil, o
grupo espanhol Flex, um dos
mais tradicionais fabricantes de colchões de molas da
Europa, contratou novos
executivos no Brasil, incluindo um diretor-geral,
Edmílson Santoro. O objetivo é registrar uma expansão
de 40% nas vendas e ampliar
a participação no mercado.
PARCERIA NA TELONA
A rede Telecine fechou
parceria com o Reserva Cultural, cinema na av. Paulista,
em São Paulo, para ter direito a uma sessão mensal no
espaço a partir de junho. Serão exibidos filmes "cult" selecionados por personalidades. O escolhido para estrear
a sessão é o médico e escritor Dráuzio Varella.
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