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Comitê de jovens empresários da Fiesp faz estágio em favelas do Rio
ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO
Dia ensolarado, um grupo
de 24 integrantes do comitê
de jovens da Fiesp deixa o hotel Everest, em Ipanema, para
uma excursão às favelas do
Rio. Primeira parada: favela
da Grota, no complexo do Alemão (180 mil pessoas concentradas em 23 favelas).
As duas vans estacionam ao
lado de uma barricada da Força Nacional de Segurança, que
protege obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A visita é organizada pela
ONG AfroReggae, que garante
livre trânsito. Logo no início
da caminhada, o grupo se depara com um traficante, que
exibe um fuzil usado para abater helicópteros. "A ordem é
não olhar nem fotografar. Foto só quando eu falar que pode", diz Johayne Hildefonso,
diretor do AfroReggae.
Na favela de Vigário Geral,
berço do AfroReggae, os visitantes são recebidos por um
grupo de percussão. Passa das
13h e a fome aperta: "Quando
a gente vai para a Chupetinha?", pergunta o incorporador imobiliário Roberto Rizk.
O feijão com couve na pensão
da dona Chupetinha é parada
obrigatória. Preço: R$ 10 por
pessoa. À tarde, o grupo visita
núcleos do AfroReggae em
três favelas. Neles, são oferecidos cursos de música, dança
e informática. Em todos, a dinâmica é a mesma: os visitantes trocam experiências com
alunos e professores.
"A lição que fica é a capacidade do AfroReggae multiplicar lideranças, mantendo a
motivação delas. Esse é o desafio das empresas", diz Pedro
Gusmão, sócio de uma operadora de telefonia.
A visita do núcleo jovem da
Fiesp termina na associação
Parque Proletário, em Vigário
Geral. Fundada em 1961, ela
abriga um pequeno auditório.
Àquela altura, os "paulistas" já dançavam com os moradores na apresentação do
grupo Afrosamba.
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