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Álcool de milho é "idéia de jerico", afirma ministro
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou ontem que produzir
álcool a partir do milho é
uma "idéia de jerico [jumento, segundo o dicionário Aurélio]". Segundo ele,
a percepção disso fará com
que as barreiras ao combustível brasileiro, feito a
partir da cana-de-açúcar,
acabem caindo. O assunto
foi um dos tópicos das negociações da Rodada Doha, que fracassou ontem.
Bernardo falou sobre a
produção americana de álcool em palestra no Ibef
(Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças),
no centro do Rio. "Mas
tem subsídios, tem uma
série de benefícios... Então
eles vão manter, mas por
quanto tempo? Uma hora
vai entrar em colapso."
Após a palestra, Bernardo explicou que usou a expressão, que significa tolice, bobagem, porque é "insustentável" produzir
combustível a partir de
um produto de larga utilização na alimentação humana e de animais, "que
sabidamente está provocando um encarecimento
do milho e, por extensão,
dos alimentos no mundo".
Para ele, a queda das
barreiras ao álcool brasileiro é uma questão de
tempo. "É inevitável que o
Brasil se imponha como o
grande fornecedor."
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