São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 2008

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Álcool de milho é "idéia de jerico", afirma ministro

DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou ontem que produzir álcool a partir do milho é uma "idéia de jerico [jumento, segundo o dicionário Aurélio]". Segundo ele, a percepção disso fará com que as barreiras ao combustível brasileiro, feito a partir da cana-de-açúcar, acabem caindo. O assunto foi um dos tópicos das negociações da Rodada Doha, que fracassou ontem.
Bernardo falou sobre a produção americana de álcool em palestra no Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), no centro do Rio. "Mas tem subsídios, tem uma série de benefícios... Então eles vão manter, mas por quanto tempo? Uma hora vai entrar em colapso."
Após a palestra, Bernardo explicou que usou a expressão, que significa tolice, bobagem, porque é "insustentável" produzir combustível a partir de um produto de larga utilização na alimentação humana e de animais, "que sabidamente está provocando um encarecimento do milho e, por extensão, dos alimentos no mundo".
Para ele, a queda das barreiras ao álcool brasileiro é uma questão de tempo. "É inevitável que o Brasil se imponha como o grande fornecedor."


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