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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Teles vêem excesso na CPI dos Grampos
Prestes a ter seu prazo concluído, a CPI dos Grampos causou alvoroço entre as operadoras de telefonia. Em julho deste
ano, a comissão aprovou um requerimento solicitando às operadoras fixas e móveis que enviassem os mandados judiciais
que autorizaram, em 2007, a
quebra de sigilo telefônico de
seus clientes.
Na ocasião, estimava-se que
409 mil brasileiros estivessem
sob escuta. Segundo um executivo da Claro, o número é muito
superior. Ele varia de 2,5 milhões a 3 milhões de grampeados em todas as operadoras.
O número é tão grande porque, em geral, um juiz concede
mais de uma quebra de sigilo
por mandado. Também acontece de, no decorrer de uma investigação, outros números serem incluídos. Estima-se que
cada telefone sob escuta gere
outros quatro posteriormente.
A Telefônica confirma o requerimento da CPI e diz que está tentando encontrar com sua
equipe jurídica uma forma de
colaborar. Outras operadoras
também foram consultadas pela Folha. Todas, sem exceção,
manifestaram preocupação
com o pedido.
Isso porque, caso enviem o
cadastro de grampeados à CPI,
elas estarão quebrando o sigilo
telefônico deles, já que a Justiça não determinou o envio desses dados à comissão. Juristas
também temem que, em ano
eleitoral, essas informações
possam ser usadas ilegalmente
na campanha. Por isso, as operadoras estudam enviar uma
carta pedindo o cancelamento
do requerimento. O prazo máximo para o envio do cadastro
vence no dia 30 de agosto.
O secretário da CPI, Saulo
Pereira, afirma que não há motivo para estardalhaços. "A CPI
só tenta checar se o número de
grampeados é maior que os
409 mil", diz. "O objetivo é verificar se há abusos na quebra
do sigilo. Por isso pedimos os
mandados judiciais."
ALTA ROTAÇÃO
A indústria automobilística atingiu ontem a marca de
6 milhões de carros "flex"
produzidos no Brasil, cerca
de 23% da frota nacional. Os
carros "flex" já representam
quase 90% dos automóveis
que saem das fábricas.
EM CAMPANHA
O grupo Carrefour doou
43 mil sacolas reutilizáveis
para funcionários em todo o
país. A ação faz parte de um
projeto para incentivar a redução do consumo de sacolas plásticas. Desde abril, nas
lojas da rede já foram vendidas mais de 30 mil unidades
em 48 lojas em São Paulo e
no Paraná.
ATCHIM
Greg Berezuk, diretor de
desenvolvimento de vacinas
da Baxter BioScience, vem
ao Brasil apresentar uma
nova tecnologia para produção de vacinas contra a gripe. O pesquisador participará do 2º Simpósio Internacional de Vacinas, que começa no dia 7 em São Paulo.
TUBO DE ENSAIO
A UN Diagnósticos, do grupo Medial, investe R$ 20
milhões e inaugura hoje o centro Viva Medicina Diagnóstica. "O mercado de saúde é segmentado e focamos
nas classes A e B", diz Claudio Marote, diretor-executivo da empresa. O grupo fez parceria com o Amcare
Labs International, braço do Johns Hopkins Medicine
International, um dos centros mais respeitados dos
EUA, para fazer intercâmbio de profissionais e lançar
novos testes no Brasil.
DE MUDANÇA
Depois de cinco anos no
cargo, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, decidiu se afastar do governo.
Ele anuncia hoje sua saída.
Em seu lugar, assume a técnica Lina Maria Vieira, atual
superintendente da regional
da Receita em Pernambuco.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a saída de Rachid já vem sendo
negociada há bastante tempo e faz parte de um processo normal de renovação do
ministério.
Mineração foi o setor mais rentável em 2007, diz anuário
Entre as ações negociadas
em Bolsa no ano passado, os papéis das empresas de mineração foram os que mais se valorizaram, com 90% de rentabilidade. A conclusão está na edição 2008 do anuário "Análise
Companhias Abertas: Mapeamento Completo do Mercado
Acionário Brasileiro", que acaba de ser lançado.
O levantamento monitorou
342 empresas que tiveram
ações negociadas pelo menos
uma vez no ano passado. Das 14
carteiras analisadas no anuário, divididas por segmento, 11
se valorizaram.
Depois de mineração, o setor
mais rentável foi siderurgia e
metalurgia (78%), seguido por
energia (58%) e informática e
TI (48%).
Abaixo do Ibovespa no ano
(43,7%), ficaram as carteiras
química (39%), financeira
(26%), imobiliária (20%), papel
e celulose (19%), saneamento
(15%) e telefonia (15%).
As carteiras das empresas
com valor de mercado acima de
R$ 10 bilhões tiveram valorização de 43%, contra alta de 25%
das carteiras das companhias
com valor de mercado entre R$
1 bilhão e R$ 10 bilhões. A carteira das estatais se valorizou
em 57% no ano passado.
com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI e JULIO WIZIACK
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