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Bolsa ensaia recuperação e encosta nos 60 mil pontos
Valorização ontem foi de 3,37%; ações sobem nos EUA
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com as ações da Petrobras e
de empresas do setor siderúrgico em alta expressiva, a Bovespa não encontrou dificuldades
para ter seu melhor pregão em
quase dois meses e registrou
valorização de 3,37%.
Os ganhos de ontem levaram
a Bolsa de Valores de São Paulo
aos 59.997 pontos. Mas as perdas da Bovespa no mês ainda
são elevadas: a queda acumulada está em 7,72%.
Além do clima menos negativo, o aumento no preço do petróleo e de outras commodities
foi fundamental para o resultado da Bovespa. No topo das altas apareceram as ações ON da
Usiminas, com aumento de
9,14%, seguidas por Gerdau PN
(6,85%), Vale PNA (6,69%) e
CSN ON (5,66%).
Já os papéis da Petrobras subiram 4,88% (preferenciais) e
4,86% (ordinárias).
O mercado acionário norte-americano encerrou o dia em
terreno positivo. O índice Dow
Jones terminou com valorização de 1,63% -o que elevou
seus ganhos mensais a 2,06%. A
Nasdaq subiu 0,44%.
O barril de petróleo encerrou
vendido a US$ 126,77 em Nova
York, com alta de 3,75%. Em
Londres, houve apreciação de
3,58%. A queda nos estoques
americanos de gasolina na semana passada influenciaram a
elevação do produto.
As duas principais companhias petrolíferas com ações na
Bolsa de Nova York tiveram valorizações de destaque: Chevron ganhou 5,34%, enquanto
Exxon Mobil subiu 4,30%.
A informação de que o setor
privado abriu 9.000 vagas neste mês nos Estados Unidos foi
bem recebida no mercado, que
esperava o anúncio de fechamento de postos de trabalho.
Na Europa, as Bolsas também se recuperaram. Em Londres, houve alta de 1,91%; em
Frankfurt, de 0,96%.
Apesar da melhora vista nos
últimos dois pregões, a Bolsa
paulista ainda demanda cautela dos investidores.
"Não há uma tendência definida para a Bolsa. E o fluxo externo é fundamental para uma
recuperação mais rápida e consistente", afirma o gestor Rafael Moysés, da corretora
Umuarama.
O saldo das operações feitas
com capital externo no mês não
é animador. Até o dia 25, saíram da Bolsa de Valores R$ 7,51
bilhões líquidos, sendo o pior
resultado já registrado em um
mês. De acordo com operadores do mercado, ontem houve a
participação um pouco mais
expressiva de estrangeiros na
ponta de compra de ações brasileiras. Mas nada que alterasse
significativamente o balanço
do mês.
Ao menos a movimentação
no pregão doméstico voltou a
crescer. Ontem foi girado, por
meio de operações de compra e
venda de ações, o equivalente a
R$ 6,45 bilhões, montante 37%
superior ao do pregão anterior.
O mercado de câmbio tem se
mantido calmo. O dólar recuou
0,43%, o que levou a depreciação da moeda norte-americana
acumulada no ano para 12,10%.
A divisa americana encerrou o
dia vendida a R$ 1,562.
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