São Paulo, domingo, 01 de setembro de 2002

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Contato prévio com carreira auxilia decisão

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Sentir-se decepcionado com a profissão não significa o fim da linha. Em diferentes fases da vida - como vestibulando, universitário ou recém-formado-, pode-se optar pela mudança de rumo ou até mesmo por recomeçar em uma outra profissão.
"É preciso aliar o perfil pessoal, a capacidade e a vontade ao que o mercado oferece e exige", diz Augusto Costa, diretor-geral da Manpower do Brasil.
Para consultores, o período de estágio é ideal para testar a realidade do mercado, porque o estudante conhece diferentes áreas e empresas e vê a que tipo de cultura corporativa se adapta melhor.
Como as companhias geralmente recrutam ao final do curso, dá um passo à frente quem obtém o máximo de informação nos primeiros anos da faculdade .
No caso de quem já está formado, mudar de área pode ser complicado. Para Karin Parodi, diretora da Career Center, redirecionar a carreira e tornar suas competências valiosas leva tempo. "O profissional investe de dois a três anos para se qualificar e construir uma rede de relacionamentos."
E, em muitos casos, o salário cai. "É preciso planejar em quanto tempo será retomado o nível anterior de remuneração", observa Fatima Zorzato, gerente-geral da Russell Reynolds Associates.
Mas o esforço pode ser recompensado. "O mercado vê a mudança com bons olhos", comenta Mauro Hollo, sócio-diretor da Konsult Consultoria em RH.

Veteranos
Entretanto, especialistas apontam que nunca é tarde para tentar o redirecionamento. Profissionais formados podem receber orientação de carreira em locais como o SOP (Serviço de Orientação Profissional), da Universidade de São Paulo.
A essa altura, eles também contam com mais experiência e maturidade para fazer uma escolha mais acertada que a do vestibular.
E, por estar em atividade, têm aliados para auxiliar no redirecionamento: os chefes e os colegas de trabalho, que podem apontar potencialidades e orientar escolhas.
Thomas Case, fundador do Grupo Catho, acha que recolocar-se em outra área da empresa onde atua é mais fácil do que mudar de companhia. "Mas é preciso mostrar resultados e qualificação."
Para que a mudança seja menos traumática, o profissional deve aproveitar a bagagem acumulada e utilizar conhecimentos e habilidades adquiridas.



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