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Desemprego incentiva concursos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os níveis recordes de desemprego na região metropolitana de
São Paulo (20,6% da população
economicamente ativa em março,
segundo a Fundação Seade e o
Dieese) levam mais pessoas a sonhar com um emprego estável.
"O mercado hoje está feroz. O
perfil exigido do trabalhador é o
de super-homem: o profissional
precisa estar disposto a dar o sangue pela empresa, conciliar com o
trabalho uma pós-graduação ou
um MBA, tomar cerveja com os
amigos e ainda passar a imagem
de uma pessoa que tem uma vida
saudável", avalia a consultora Patricia Molino, da KPMG.
A intensa concorrência por vagas não favorece os mais velhos.
"Um profissional de 40 anos tem
poucas chances de boa colocação
na iniciativa privada. Ou ele já
atingiu um patamar de destaque
na carreira, ou corre o risco de ser
desligado da empresa", diz Zélia
de Almeida, professora de recursos humanos e gestão de pessoas
do Ibmec (Instituto Brasileiro de
Mercado de Capitais) do Rio.
"As pessoas atualmente estão
inseguras e querem garantir o seu
trabalho. Muita gente chega aqui
dizendo que a única maneira que
encontrou para conseguir alguma
estabilidade foi tentar um concurso público", conta José Luís Romero, diretor do cursinho preparatório Central de Concursos.
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