|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
NOVA DIREÇÃO
Em 2020, redes interligarão os trabalhadores
JAMES WRIGHT
ESPECIAL PARA A FOLHA
O ano é 2020. João acorda
cedo, leva o filho para a escola e se acomoda em um terminal de rede para trabalhar. Com 37 anos, nunca teve um emprego, mas planeja
trabalhar de cinco a seis horas hoje, tocando um projeto
do ponto em que seu atual
parceiro, o indiano Singh, o
deixou quando foi se deitar
há pouco, no Sri Lanka.
Os dois foram contratados
dentro de um sistema de organização não-hierárquica
que se tornou popular em
2020. Sem ter um comando
central, as companhias se articulam pela inter-relação de
especialistas técnicos superatualizados e novos "engenheiros do conhecimento".
Este pequeno cenário de
um dia em 2020 ilustra algumas transformações que veremos nos países, nas organizações e na economia. As
empresas tradicionais serão
em grande parte substituídas por organizações não-hierarquizadas, nas quais cada nó da rede é um especialista que agrega valor ao negócio coletivo durante a duração de um projeto.
A inovação, a aprendizagem internacional, o estudo,
o trabalho social e o aproveitamento do lazer serão atos
economicamente valorizados em escala crescente.
Produtos e serviços serão
cada vez mais oferecidos e
consumidos. A população
ainda crescerá por mais de
50 anos, e a busca de padrões
sustentáveis de consumo
de massa com qualidade
será a mola mestra do crescimento dos negócios.
James Wright, 52, é professor
da FEA-USP e coordenador
do Programa de Estudos do Futuro da FIA (www.fia.com.br/profuturo)
Texto Anterior: Quarta lição - futurologia - Sistema de produção em massa acabará Próximo Texto: Bibliografia Índice
|