|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AULA PORTÁTIL
Tecnologia revoluciona curso oferecido a distância
Aulas em universo virtual e pelo celular são novas alternativas de ensino
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de o material impresso ser a principal plataforma
utilizada na EAD (educação a
distância), ele vem perdendo
espaço para outras mídias.
Hoje o e-learning está presente
em 56% dos cursos, e a videoconferência, em 20,8% deles.
Em compasso de interatividade instantânea, aulas pelo
celular e cursos no Second Life,
ambiente virtual que reproduz
o mundo real, surgem como opções para os estudantes.
O Senac São Paulo é uma das
instituições que têm se lançado
ao desenvolvimento dessas ferramentas. A partir deste mês, a
escola promete oferecer ensino
a distância no Second Life.
"Avatares" (personagens)
poderão interagir com o tutor
do curso por chat ou vídeo, fazer download de materiais e tirar dúvidas em tempo real.
"A EAD terá um futuro mais
próximo da realidade humana.
Hoje, as plataformas são bidimensionais, o Second Life é tridimensional", diz Sidney Latorre, gerente de TI do Senac.
A instituição entrará no universo paralelo para, a princípio,
oferecer cursos voltados para a
administração do próprio ambiente virtual, como os de criação de objetos. A intenção, destaca Latorre, é expandir a ferramenta, usando-a também nos
cursos a distância oferecidos
pela escola.
Pelo celular
Além do Second Life, outro
instrumento da moda foi incorporado às aulas a distância:
o celular. Já é possível, com um
"smartphone" (aparelho celular que utiliza o programa Windows) receber aulas interativas
de cerca de 15 minutos.
Batizado de "m-learning" (ou
"aprendizado móvel"), o programa é adaptado para sair da
tela tradicional de 14 polegadas
para uma de 4 polegadas.
"É um sistema complementar
para aquele público-alvo que
não está ligado constantemente ao computador, mas precisa
receber treinamento", explica
Alex Augusto, CEO da Ciatech,
uma das companhias que formatam essa tecnologia.
Alcance
Já voltadas para as gerações
que surgem conectadas, empresas brasileiras estão se lançando no desenvolvimento de
plataformas mais interativas,
ligadas a tecnologias de ponta.
Para Fábio Sanches, coordenador do Abraead (Anuário
Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância), não
há limite para a oferta de EAD.
"Com certeza a educação a
distância será cada vez mais
mediada pela tecnologia."
Ele completa, porém, dizendo não ser estranho que a
maior parte das aulas ainda se
sustente na mídia impressa.
"No Brasil, o computador e a
banda larga não chegam sequer
a 20% da população", aponta.
Além disso, o grande usuário
da EAD no Brasil está na faixa
dos 30 ou 40 anos, majoritariamente. Não é a geração que
nasceu usando a tecnologia."
Texto Anterior: Fora da sala Próximo Texto: Registro leva trabalhador a buscar EAD Índice
|