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recursos humanos
Estratégia lúdica ajuda a desenvolver habilidades
Jogo de tabuleiro molda treinamento de funcionários
LAURA FOLGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Grupos de pessoas reúnem-se em volta de uma mesa.
No centro dela, um tabuleiro é
alvo de interesse dos participantes do jogo. Apenas um deles será declarado vencedor.
A cena, comum em ambientes informais, acontece no trabalho. Usados por departamentos de RH, os jogos corporativos vêm se tornando freqüentes no mundo dos negócios.
Diversão existe, mas o intuito dessas ferramentas é outro.
"Muitas empresas [que adotam
esses recursos] os usam para desenvolver habilidades
do funcionário", conta a consultora em gestão de pessoas
Maria Rita Gramigna.
As funções não param aí.
Estimular espírito de equipe e
oferecer dados sobre processos
produtivos da firma também
são objetivos -que podem ser
alcançados por tabuleiros, dominós, quebra-cabeças, colagens e simuladores virtuais.
Para que eles sejam eficazes,
contudo, o professor da FEA-USP (Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade) Antonio Carlos Sauaia recomenda a presença de uma espécie de "capitão", um coordenador que corrija os rumos da
equipe durante o exercício.
"Muitas vezes, as pessoas não
se conhecem e não têm ao seu
lado um tutor que observe o
processo de aprendizagem."
Novo formato
As salas de aula não foram
abandonadas. Desde 2005, porém, a Companhia Vale do Rio
Doce aplica também jogos corporativos para capacitar seus
colaboradores.
A iniciativa, diz a coordenadora de inovação em educação
da empresa Ana Cláudia Freire,
foi uma forma de tornar o
aprendizado mais atraente.
"[Os conteúdos] são técnicos.
O treinamento tradicional poderia ficar enfadonho", explica.
Na empresa Medley, os jogos,
utilizados desde 2000, integram um programa que inclui
palestras com gestores.
"A vantagem do tabuleiro é
transformar o que parece técnico em algo simples", diz Ângela Cristina Agoston, gerente
de desenvolvimento de RH.
Para Maria Rita Gramigna, o
caráter lúdico e a simulação da
realidade são as características
que fazem o jogo funcionar.
"As pessoas se fantasiam, fazem colagem", diz, acrescentando haver nas práticas "competição espontânea, que reproduz o ambiente empresarial".
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