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ÁREAS PROMISSORAS
Tecnologia, educação, bem-estar, diversão e agronegócios estarão em alta até o fim da década
Conheça cinco ramos de trabalho com boas perspectivas pela frente
RENATO ESSENFELDER
EDITOR-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO E
ANDRESSA ROVANI
FREE-LANCE PARA A FOLHA
À primeira vista, a expressão
"profissões de futuro" remete a
um mundo de alta tecnologia, em
que avançadas máquinas convivem com o homem e o auxiliam
em suas tarefas. Um mundo de ciborgues e supercomputadores.
De fato, a alta tecnologia veio
para ficar e abarcará várias carreiras do futuro (que ainda nem
existem) e de futuro (em expansão). Mas a próxima década também ampliará o espaço de áreas
tradicionais, como o setor rural, o
lazer, a educação e o bem-estar.
Segundo 24 especialistas ouvidos pela Folha, essas são áreas muito promissoras.
Agronegócio
Com uma produção de grãos
que gerou 33% de seu PIB em
2003, é natural que a Unctad
(Conferência das Nações Unidas
sobre Comércio e Desenvolvimento) preveja que o Brasil se tornará o maior produtor mundial
de alimentos em dez anos.
A pujança favorecerá quem trabalha na área. "Profissões ligadas ao novo ciclo de desenvolvimento rural, da agricultura familiar à pesquisa de ponta,
estarão em alta. O Brasil está predestinado a expandir o leque de
produtos delas derivados", diz Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (Paris).
Educação
Catastrófico para muitos, o
crescente desmoronamento das
relações estáveis de trabalho deve
beneficiar a educação. É
que, graças ao acirramento da
competitividade entre profissionais, "as pessoas estão buscando,
cada vez mais, aperfeiçoamento",
avalia Renata Perroni, consultora
da Manager. Além disso, o setor
tem "um dos maiores déficits de
mão-de-obra do país", analisa o
sociólogo e especialista em relações do trabalho José Pastore.
Tecnologia da informação
"A segurança da informação
não é só uma carreira de futuro,
mas uma necessidade para as empresas de futuro", prevê Evandro
Oliveira, diretor de auditoria do
Instituto Nacional de Tecnologia
da Informação.
Como a área de tecnologia ainda não é regulamentada,
acolhe um grande contingente de
profissionais de diversos campos.
Mas os nichos superespecializados -como segurança de dados- são os mais promissores.
Turismo e entretenimento
Cada vez mais, o lazer
será um bom negócio. "Esse setor
deve manter a tendência de alta
graças ao crescimento da população e ao [crescente] tempo livre",
pondera Sebastião Caixeta, presidente da Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho.
Qualidade de vida
Já o bem-estar, em alta
contínua, revela -e gratifica-
profissionais inusitados, como
naturólogos e psicólogos especialistas em estresse. "As pessoas
querem se sentir bem, e isso se
tornou um bem de consumo", diz
Alberto Ogata, do Instituto Brasileiro de Qualidade de Vida.
Viver melhor é também sentir-se mais bonito. A estética, que
motivou a abertura de inúmeras
clínicas especializadas nos últimos anos, é bom negócio, em
especial para dermatologistas.
Aplicações de botox, peeling e outros tratamentos médicos com
função estética prometem bons
salários para profissionais em
constante atualização.
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