S?o Paulo, domingo, 06 de fevereiro de 2011

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Programa permite aliar teoria e prática

Estudantes que investem em experiência profissional têm carta de recomendação de empregador australiano

ROBERTO DE OLIVEIRA
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY

Nem todo mundo que pretende se aperfeiçoar tem paciência para encarar aquela salinha de aula abafada com o professor fazendo anotações na lousa. Imagine então se você encarou mais de 24 horas de voo para um país desconhecido com o intuito de estudar?
Algumas instituições fogem desse estereótipo. Na Austrália, por exemplo, há o ICMS (International College of Management), em Sydney. A escola oferece desde cursos de aperfeiçoamento até pós-graduação, com duração de seis meses a três anos.
De qualquer ponto do bairro de Manly -espécie de Leblon australiano-, consegue-se avistar o prédio do século 18. Logo na entrada, o amplo jardim é repleto de cacatuas. Dos fundos, tem-se bela vista do mar. Na hora do intervalo dá até para pisar na areia e sentir a brisa.
Pelos corredores, gente de todo o mundo: desde a Escandinávia até a Ásia.
Telas de TV transmitem informação sobre a agenda semanal (rola festa junina brasileira) e frases de apoio à diversidade e de estímulo ao respeito e às diferenças.
A instituição oferece cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação em áreas como turismo e esportes.
Rafaella Rodrigues, 24, fez faculdade de turismo em São Paulo. Viajou para Sydney no ano passado para estudar no ICMS. "No Brasil, não tive um terço das aulas práticas que tenho aqui", conta.
A instituição tem parceria com hotéis do mundo inteiro. Assim, muitos alunos conseguem estágio e trabalho, já que o visto australiano para estudante permite trabalhar 20 horas semanais.

EXPERIÊNCIA
"Por ser um lugar multicultural, muitos estudantes se adaptam facilmente. Os mais focados conseguem entrar no mercado e enriquecem o currículo com uma experiência internacional", conta Daniela Odin, 37, diretora do STB (Student Travel Bureau) Australia.
A Australian Internships oferece estágio para universitários dos 18 aos 30 anos em empresas dentro da área de interesse do estudante. O aluno recebe uma carta de referência do empregador.
Exemplo de ascensão profissional é o brasileiro Cristian Milz, 30. Ele conciliou estudos com o voluntariado nas Olimpíadas de Sydney, em 2000. Após concluir o curso de "hospitality" (turismo e hotelaria), trabalhou por três anos em um hotel.
Hoje é professor de "performance" do ICMS. O cardápio da disciplina que ministra é recheado: inclui até repertório de palavras.

Roberto de Oliveira viajou a Sydney a convite do STB


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