|
Próximo Texto | Índice
4.805 VAGAS
Fluxo de turistas e de alunos em férias faz acampamentos, hotéis e parques abrirem suas portas
Julho é mês de "ralação" para universitários
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Julho é mês de férias. Ou não,
dependendo do ponto de vista.
Há vagas de trabalho temporário
durante o período, especialmente
nas áreas de lazer e turismo. E,
nesses setores, candidatos universitários são os mais disputados.
A Folha traz nesta edição 4.805
ofertas de emprego, com salários
que vão de R$ 260 a R$ 3.500 por
mês, além de 5.060 vagas de estágio. "Em julho, registramos aumento de oportunidades para
vendedores, monitores e atendentes, especialmente em empresas do ramo de entretenimento",
conta Eliana Baptista, 46, diretora
de gestão de pessoas da agência de
empregos Luandre, de São Paulo.
Em hotéis e resorts, o reforço
acontece porque julho é mês de
alta temporada -e de muito calor, em alguns Estados. "A demanda aumenta, principalmente
a de turistas estrangeiros", diz Fátima Maciel, 45, diretora de relações humanas do Club Med.
As vagas temporárias com contrato -que garantem ao empregado direitos como férias e 13º salário proporcionais- estão caindo neste ano porque, para se livrar dos encargos, as empresas
optam cada vez mais pela contratação direta (sem passar pelas
agências), explica o presidente da
Asserttem (Associação Brasileira
das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário), Necésio Tavares.
Mas, mesmo sem receber os
benefícios, há quem diga que vale
a pena viver de "bicos". A protética Sandra Borges, 33, foi demitida
de seu antigo emprego porque,
segundo conta, foi considerada
velha demais para a função. Além
de ter quatro filhos.
Sem nunca ter atuado, foi selecionada para ser um dos monstros do evento Noites do Terror,
do Playcenter. Por um mês de trabalho, ganhou R$ 1.500. "É uma
saída para quem está sem emprego, acaba abrindo portas. A agência sempre me chama para fazer
diferentes trabalhos."
Currículo recheado
A possibilidade de incrementar
o currículo ou de transformar a
vaga temporária em fixa faz engrossar a lista de candidatos.
Conforme afirma João Renato
de Vasconcellos Pinheiro, vice-presidente do Sindeprestem (sindicato especializado em mão-de-obra temporária), cerca de 25%
conquistam a vaga.
Muitos desses reforços acabam
se tornando fixos por se identificarem com o perfil solicitado.
"Contratamos 40% dos temporários da última seleção", diz Dirceu
Ramos, presidente da DR Marketing Promocional.
Com currículos enxutos e pouca experiência, os universitários
são os preferidos dos empresários. "Eles estão dispostos, querem melhorar o currículo e garantir o primeiro emprego", declara
Marco Antônio Vívolo, 50, presidente da Associação Brasileira de
Acampamentos Educativos.
Estudante do terceiro ano de
administração, Dayane Souza, 22,
conseguiu, há um mês, estágio no
departamento de marketing do
Rio Quente Resorts. "Meu contrato tem validade de um ano, mas
quero crescer na empresa e virar
fixa."
(LARA SCHULZE)
Próximo Texto: 4.805 vagas: Inglês é exigência até em ofertas para 1 mês Índice
|