São Paulo, domingo, 12 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

APRENDIZADO

"Trabalho me fez despertar para o futuro"

Paula Huven/Folha Imagem
Natália, que pediu demissão e não pretende voltar ao setor

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ex-operadora de telemarketing, Natalia Di Vaio, 24, avalia que, nessa função, aprendeu muito sobre responsabilidade e assiduidade.
"Ter trabalhado em telemarketing me fez despertar para a vida, para a construção do meu futuro, que não seria ali nem em emprego parecido. Tive consciência de que precisava estudar muito para trabalhar na área de que realmente gosto."
Ela diz que só voltaria a esse tipo de emprego se precisasse de dinheiro. Hoje estagiária em recursos humanos, Di Vaio conta que pediu demissão após se recusar a usar uma máquina quebrada.
"A minha razão era: como vou trabalhar o dia inteiro numa máquina dessa? Como vou anotar as informações e transmitir sem o sistema?"
Para a estagiária, a experiência valeu pela bagagem acumulada, já que aprendeu a lidar com clientes, respeito hierárquico e estratégias de gestão e trabalhos. "Aprendi a não ser mais uma, que preciso raciocinar, senão raciocinarão por mim. Aprendi que não quero o resto da minha vida trabalhar com um "script" na mão. Quero lidar com pessoas e interagir com elas da melhor forma possível, respeitando-as como seres inteligentes, como clientes e como pessoas."
Di Vaio lembra que recebia elogios porque não falava "senhor" e "senhora", porque não seguia o roteiro que lhe mandavam e, quando necessário, dizia que realmente a empresa não estava totalmente correta. "Isso me fez pensar que não posso trabalhar nesse tipo de emprego."


Texto Anterior: Teletrabalho: Regularização atinge 200 mil em SP
Próximo Texto: Sem opção: Para operadora, função pode ser negativa no 1º emprego
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.