São Paulo, domingo, 13 de junho de 2004

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SUA CARREIRA

Eduardo Knapp/Folha Imagem
DESTINO TRAÇADO Felipe Riera Michelotti, 18, cursa economia, fará intercâmbio na Alemanha e pós em comércio exterior. "Meu planejamento vai até os 26 anos, o que facilita minhas próximas escolhas"

Jovem ganha segurança com "counselling"

DA REDAÇÃO

Como se não bastassem as confusões e as instabilidades da adolescência, ter de 16 a 18 anos envolve também a obrigação de decidir que profissão você vai ter de seguir pelos próximos 30 ou 40 anos. Que tal ter alguém que, além de ajudar na escolha da profissão, de quebra entenda de mercado e oriente sobre a construção da carreira a médio prazo? Eis a proposta do "counselling".
Inicialmente um serviço prestado a executivos de peso, cujas noites de sono são ocupadas com a tomada de decisões estratégicas, a ferramenta hoje se estende a jovens que têm como dilema uma página em branco a ser preenchida -a carreira.
Mas contar com esse auxílio tem um custo: R$ 1.850 por oito reuniões (uma por semana).
Fernanda Angerami, pedagoga e sócia-diretora da Counselling by Angerami, passou a orientar jovens após receber pedidos de executivos -seus antigos clientes, pais dos atuais.
A idade ideal, diz ela, é a partir do segundo ano do ensino médio, quando o estudante já tem maturidade para perceber suas habilidades e suas deficiências.
"O "counselling" ajuda a sanar dúvidas sobre a escolha da carreira, alinhando vocação e ambições pessoais. Meu trabalho é criar elos a partir de suas habilidades", diz.
E fazer, a partir disso, algo de que muitos fogem: planejamento. "Sou do tipo organizada, mas, assim mesmo, eu me surpreendi ao traçar o lado profissional. É bom planejar antes suas oportunidades e saber que carreira não é algo solto", conta Juliana Gomes Mitidieri, 18, aluna de direito e de engenharia civil que viaja de Aracaju a São Paulo para o "counselling".
Bruno Melo Amaro, 22, estudante de administração pública da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), concorda. "Antes, não selecionava a empresa em que iria trabalhar, hoje, presto atenção nisso. O resultado atingiu até a minha auto-estima: sei o que quero e quais são meus pontos fortes." (PAULA LAGO)


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