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MIL VAGAS
Incentivo ao funcionário hoje depende mais do segmento em que a empresa atua e menos da sua origem
Multinacional verde-amarela já se equipara às estrangeiras
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Historicamente, o que se viu no
Brasil até meados da década de 90
foi a supremacia das multinacionais estrangeiras na busca de técnicas para criar ambientes mais
motivadores aos funcionários.
Hoje já é possível encontrar iniciativas semelhantes em multinacionais brasileiras. É o caso da
AmBev, que está presente na Argentina, no Uruguai, no Paraguai
e na Venezuela e deve inaugurar
uma cervejaria na Guatemala.
A empresa possui uma universidade corporativa (Universidade
AmBev), que, só neste ano, deverá
investir R$ 13,5 milhões em treinamento para todas as áreas, entre várias outras iniciativas.
Nos últimos anos, uma série de
empresas nacionais tem buscado
programas semelhantes, diz Sérgio Vezneyan, professor do Ibmec
Educacional. Hoje são citadas pelos especialistas como exemplos
em recursos humanos companhias como Natura, Embraer, Votorantim, Petrobras e Itaú.
"Mas as estrangeiras ainda dominam ferramentas de gestão
consolidadas", afirma o professor
André Fischer, da FEA-USP.
Além disso, as estrangeiras tendem mais a levar o profissional
para fora, o que ajuda a impulsionar o crescimento da carreira internacionalmente. "Há toda uma
movimentação para o funcionário se transformar em um grande
gestor", afirma Luciana Sarkozy,
sócia-diretora da Career Center.
Mapa-múndi
Segundo ela, a cultura das múltis estrangeiras é bem definida e
pode até ser descrita de acordo
com a sua origem. "As americanas tendem a ser mais voltadas
para o resultado no curto prazo,
dão mais valor aos números", diz.
"As européias não demitem
com facilidade, seu aspecto político é mais forte. Essas empresas
têm mais visão de longo prazo,
mas alguns profissionais podem
traduzir essa característica como
lentidão", completa Sarkozy.
Porém os incentivos oferecidos
aos funcionários, de acordo com
ela, já não são mais vistos como
absolutamente superiores nas
empresas estrangeiras.
"Dependem mais do segmento
de mercado em que elas atuam. O
setor que tem sido mais arrojado
em termos financeiros atualmente é o de tecnologia", conta.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Great Place to Work no Brasil,
com base em seu guia de 2002 (em
parceria com a "Exame"), ilustram bem o quadro: as empresas
brasileiras pesquisadas contrataram quase o dobro de pessoas que
as multinacionais, apesar de quase o dobro dos candidatos ter procurado uma vaga nas estrangeiras
.
(RGV)
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