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MIL VAGAS
Autonomia, agilidade e contato global sem ter de mudar de país são os atrativos das empresas nacionais
Gigantes locais seduzem com pacote misto de oportunidades
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Se a globalização trouxe benefícios,
muitos deles foram colhidos por profissionais que optaram por fazer carreira nas grandes empresas nacionais.
A imagem de "provincianismo" foi
deixada de lado quando competir de
igual para igual, tanto no mercado interno como no externo, virou questão
de sobrevivência das verdes-amarelas.
As multinacionais estrangeiras passaram a procurar talentos que entendessem da cultura local, e as nacionais
perceberam que era a hora de valorizar
o capital humano, oferecendo melhores salários, benefícios ou programas
de qualidade de vida, por exemplo.
"Hoje a gestão do negócio é moderna, houve uma mudança de visão e de
pensamento estratégico", diz Laís Passarelli, sócia-diretora da Passarelli
Consultores. "São empresas com atitude de multinacional e com produtos
competitivos. Esse fato, aliado à agilidade que têm, significa desenvolvimento real para os funcionários."
Fernando Ikedo, 30, formou-se em
1996 em engenharia eletrônica pelo
ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e conta que recebeu, de cara,
três convites: dois de multinacionais
japonesas do segmento de telecomunicações e um outro da Embraer.
Ikedo diz que analisou os perfis. A
brasileira, em 2002, ficou em segundo
lugar entre as maiores exportadoras
do país (total de US$ 2,4 bilhões) e é a
quarta maior fabricante de aeronaves
comerciais do mundo.
"Não tive dúvidas. Sempre fui fascinado pela aviação, e trabalhar na Embraer era a realização de um sonho",
afirma. O salário inicial das outras era
mais atraente, mas o mercado de telecomunicações, que estava superaquecido naquele momento, não o atraía
tanto. "Foi uma escolha consciente.
Tenho um plano de saúde diferenciado, participação nos lucros, qualidade
de vida e viagens frequentes", resume.
Atrair talentos não tem sido difícil,
segundo Maria Aparecida Fonseca, diretora de RH do Grupo Pão de Açúcar.
"Quem está numa múlti e quer crescer
sabe que isso implica mudar de país, e
não são todos que querem isso. É possível ficar aqui e manter contato com o
que vem sendo feito no exterior", diz.
Rosana Nardy Balote, da Unimed
Brasil, concorda: "Quem vem de múltis elogia a facilidade de pôr idéias em
prática, a autonomia e a flexibilidade
que oferecemos".
(PL)
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