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"Ou merece piedade ou é super-homem",
diz psicóloga
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Doutora em psicologia social
pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), Suely Harumi Satow estuda a identidade
dos deficientes desde 1993.
Segundo ela, esse profissional muitas vezes "não é visto
como pessoa". "Ou é merecedor de piedade ou é super-homem, quando consegue ser socialmente visível. Não tem "ser
humano" nessa visão", aponta.
No entanto, ela diz que, devido à articulação dos deficientes, há um avanço na busca pelos direitos desse grupo.
Para Carlos Aparício Clemente, autor do livro "Trabalho Decente para a Pessoa com
Deficiência", as empresas brasileiras são preconceituosas, e a
fiscalização, ineficiente.
"O "Perfil Social, Racial e de
Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e suas Ações
Afirmativas" , realizado [em
2007] pelo Instituto Ethos e
pelo Ibope, indica que a participação de deficientes está abaixo do exigido nas grandes corporações brasileiras."
Ele diz que a tendência de colocar deficientes em posições
menos qualificadas é comprovada. "Só 0,4% dos executivos
têm algum tipo de deficiência."
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