São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2008

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FORA DO MERCADO

Bancos de dados e sites ajudam a encontrar vaga

Cresce número de deficientes em cursos superiores

Rafael Hupsel/Folha Imagem
Patrícia Monteiro, gerente de projetos internos da HP, que tem duas graduações

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Bancos de dados específicos e sites de vagas podem auxiliar o profissional com deficiência que busca colocação no mercado de trabalho.
No dia 1º de setembro, o Senai-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo) lança o Banco de Pessoas com Deficiência nas 87 escolas da rede.
O objetivo é unir empresas e deficientes na busca por emprego e por adequação à lei de cotas, segundo Helvécio Siqueira de Oliveira, diretor do Senai de Itu (SP), onde o banco já funciona desde fevereiro.
Quem quiser se antecipar ao lançamento oficial poderá inscrever-se durante o 31º Conarh (Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas), de 19 a 22 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (www.conarh.com.br).

Nível superior
Outra fonte de busca de vagas é o site Deficiente Online (www.deficienteonline. com.br), que antecipou a iniciativa do Senai.
Segundo Claudio Tavares, idealizador do site, 63% dos candidatos com cadastro no site têm ensino superior, mas somente 15% das vagas são destinadas a eles.
Para Oliveira, do Senai, depois das dificuldades de se transportar no espaço urbano, "o principal problema é a falta de informação dos profissionais de recursos humanos quanto às habilidades das pessoas com deficiência".
Há, porém, algum avanço. "A idéia de que não há trabalho qualificado para os deficientes está desmoronando", afirma. Ele destaca que, hoje, as pessoas com deficiência se aventuram mais no término dos estudos e nas relações sociais.
A afirmação é corroborada pelo aumento de 320% no número de graduandos com deficiência no ensino superior brasileiro entre 1999 e 2006, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Gerente de projetos internos da multinacional HP, Patrícia Monteiro, 37, é formada em sistemas da informação e em administração de empresas. Ela tem uma doença degenerativa dos membros inferiores.
Monteiro diz não sofrer preconceito e ser cobrada como os colegas. "Desde pequena, destaquei-me tendo as melhores notas. Sempre busquei minha independência", destaca. (AL)


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