|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESCOLAS
Curso particular caro nem sempre é melhor do que pós pública; programas são semelhantes
Mensalidade alta não é critério de qualidade
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Não existe consenso no mercado sobre diferenças relevantes entre os cursos de pós feitos em escolas públicas e privadas. O melhor, portanto, é pesquisar cada
opção antes de se decidir.
"Um professor acadêmico pode
não ter capacidade prática para
discernir se as técnicas ensinadas
condizem com a realidade, e o
[docente] do mercado tende a ensinar só o que funciona com ele",
afirma Virgínia Parente, reitora
da BSP. A escola, segundo ela,
procura misturar os enfoques.
"Os MBAs das instituições públicas têm conseguido trazer professores do mercado. É verdade
que há cursos com uma vertente
mais acadêmica, mas é preciso
analisar o modelo para saber se isso é bom ou ruim", contrapõe Luciana Sarkozy, sócia-diretora da
consultoria Career Center.
"Não consigo enxergar desvantagens em propostas que visem a
melhorar o desempenho e a formação de um profissional. A
questão é o reconhecimento que a
instituição goza no mercado e a
qualidade de seus docentes, associada ao objetivo do aluno", completa Maristela Guimarães Andre,
diretora de talentos da ESPM.
Nessa análise, muitas variáveis
precisam ser levadas em conta.
Uma fundação ligada a uma instituição pública, por exemplo, tem
mais liberdade para convidar
professores de fora para dar aulas.
"Existem bons profissionais nas
duas modalidades. Há muito de
estereótipo nessa discussão", afirma Marcos Augusto de Vasconcellos, vice-diretor acadêmico da
FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo,
da Fundação Getulio Vargas).
Marcos Macari, pró-reitor de
pós-graduação e pesquisa da
Unesp (Universidade Estadual
Paulista), aponta uma vantagem
financeira. Segundo ele, de 30% a
40% dos cursos de pós "lato sensu" das escolas públicas são gratuitos -o que, por outro lado, faz
com que sejam mais concorridos.
Para quem não abre mão de fazer um curso no exterior, também
há alternativas como cursar módulos de programas brasileiros
fora do país. O MBA Executivo da
BSP, por exemplo, prevê duas semanas na Universidade de Toronto (Canadá). O MPA (Mestrado Profissional em Administração) da FGV-Eaesp oferece parceria com a University of Texas
(EUA) ou com a HEC School of
Management (França).
(RGV)
Texto Anterior: Preço do curso altera os planos de alunos de pós Próximo Texto: Estudante de SP passa os sábados em MBA no Rio Índice
|