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recursos humanos
Reality show inspira processo seletivo
Escolha é incrementada com provas de estratégia
MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL
O formato de reality show
para a contratação de profissionais saiu da televisão e incrementou os processos seletivos.
A Pollux, empresa de automação industrial, concluiu em
junho o Desafio Pollux, seleção
inspirada nessas competições.
O processo mesclou etapas
eliminatórias tradicionais,
como análise de currículo e
teste de raciocínio lógico, e
desafios mais elaborados, como
jogos de estratégia ao ar livre.
Foram escolhidos um gestor e
dois analistas de negócios.
Segundo José Rizzo Hahn
Filho, presidente da Pollux, os
processos seletivos normais
para a área de negócios e vendas geravam falhas. "Contratávamos e víamos depois que não
era a pessoa correta", conta.
A competição foi desenvolvida, diz Hahn Filho, para gerar
interesse e atrair candidatos
com nível acima da média.
Houve mais de 250 inscrições.
As etapas do desafio foram
registradas em um site, o que
exigiu que os candidatos assinassem contratos para permitir a divulgação de nomes e de
fotos. As eliminações foram
decididas pelos gestores da firma e por uma consultoria.
Dez vezes mais caro
O investimento na competição, que incluiu eventos em São
Paulo e em Joinville (SC), onde
fica a sede da empresa, foi
maior do que o de um processo
seletivo comum. "Dez vezes
mais caro", afirma Hahn Filho,
sem informar o valor aplicado.
Mas ele destaca o benefício
adicional da visibilidade institucional para a empresa, que,
sendo de médio porte, muitas
vezes perde para multinacionais a briga por engenheiros.
Roberto Adelino da Silva, 48,
selecionado como gestor de
negócios, decidiu participar do
desafio para testar as suas habilidades e compará-las com as
dos outros competidores. "O
processo foi eficaz para mostrar como o profissional é em
situações práticas", destaca.
Consultores, porém, fazem
ressalvas a esse tipo de seleção.
Para Sebastião de Oliveira
Campos Filho, diretor da Oliveira Campos Consultoria Empresarial, "não se deve fazer um
jogo tão complexo que a firma
empregue mais energia nele do
que na leitura do participante".
"É preciso transparência para aplicar essas ferramentas ",
completa Neli Barboza, gerente
de consultoria da Manager. "O
jogo não pode levar o participante ao constrangimento."
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