BRUNO LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quem se formou em um curso muito procurado no vestibular tem boas chances de ter feito a escolha certa. Sete das dez carreiras com mais inscrições na USP (Universidade de São Paulo) também fazem parte da seleta lista das dez mais requisitadas pelo mercado.
Levantamento feito pela Manager Assessoria em Recursos Humanos (consultoria especializada em recrutamento) no banco de vagas da empresa, no período de setembro de 2002 a setembro de 2003 -um total de 13.880 colocações-, revela que as "formações clássicas" estão entre as que possuem maior oferta de emprego.
A campeã em número de vagas é engenharia, que se especializou em abocanhar posições no setor bancário, no mercado financeiro e na área de vendas, sem abrir mão de seu espaço nos segmentos de projeto e de produção.
Em segundo lugar, surge a formação em administração, apontada por consultores como base para atuar em diferentes áreas -por ter mercado abrangente-, seguida por ciências contábeis, valorizada após a descoberta de fraudes em grandes empresas norte-americanas, como a Enron.
Economia, informática, marketing, direito, comunicação, química e medicina completam a listagem das dez carreiras com mais oportunidades no mercado. Levantamento da consultoria Adecco, com cerca de 11 mil vagas de junho a setembro deste ano, traz administração em primeiro lugar, seguida por informática, ciências contábeis e engenharia.

Dois lados
Ter escolhido uma área campeã em número de vagas, entretanto, não é garantia de emprego fácil. Justamente por ser a opção de um grande número de profissionais, essas colocações são também as mais concorridas no mercado de trabalho. "Isso significa que competência e atualização fazem toda a diferença", diz a consultora Neli Barboza, da Manager.
O levantamento só inclui oportunidades no setor privado trabalhadas pela consultoria, o que exclui boa parte dos postos para medicina e direito, por exemplo. A área médica aparece representada, basicamente, por oportunidades gerenciais em instituições como planos de saúde e pela medicina do trabalho; já a área jurídica, pelos postos em empresas, excluindo parte das chances em escritórios de advocacia.
É preciso considerar ainda o fato de algumas carreiras se servirem mais do que outras das contratações via consultorias de recursos humanos, ressalva Vania Lage, gerente de assessoria em gestão de RH da KPMG.



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