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Psicóloga tenta ser discreta
DA REPORTAGEM LOCAL
Helen Sílvia Pereira, 25, é
psicóloga e sabe que é preciso
controlar o tempo das sessões.
Porém, ela diz que tenta fazer
isso com a maior discrição possível, até porque sente na própria pele, como paciente de outra profissional, o que é ter a
impressão de que o terapeuta
quer que a sessão termine logo.
"O relógio fica de frente para
a minha analista. Eu não o vejo,
mas vejo que ela olha para
aquela direção com frequência
enquanto eu falo. Ela é ótima,
mas isso me incomoda, pois parece que ela não está prestando
atenção em mim."
Uma psicóloga que a atendeu
há mais tempo tinha outra mania da qual ela não gostava. "Ela
falava muito da vida dela.
Quando eu comentei que odiava fazer baliza, por exemplo, ela
disse: "Eu também tenho essa
dificuldade". Pensava: "Não preciso saber disso'", afirma.
Helen diz, ainda, que tem colegas que contam que seus psicólogos atendem ao celular no
meio da sessão. "Elas comentam rindo, mas não gostam, e
eu também não gostaria, a não
ser que fosse algo muito urgente. Sempre desligo o meu antes
das sessões", afirma.
Para a psicóloga, dependendo do paciente, essas atitudes
podem atrapalhar o processo
terapêutico. "Se é uma pessoa
com mania de perseguição, que
acha que tudo é culpa dela, pode haver problemas."
(FM)
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