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Goiás

Formalidade faz mercado têxtil crescer no interior

Antigo polo "pirata", sete cidades de Goiás geram hoje 17 mil empregos

CARLA GUIMARÃES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GOIÂNIA

Na última década, Jaraguá (GO) deixou de ser conhecida pela produção de roupas "piratas" e se tornou a sede de um polo formal, que emprega diretamente 8.000 pessoas no segmento de confecções -ou 18% de seus pouco mais de 45 mil habitantes.

Atualmente, a produção é estimada em 2,5 milhões de peças por mês, sendo em torno de 2,2 milhões delas fabricadas com jeans.

A mudança começou quando os produtores da região decidiram criar um APL (Arranjo Produtivo Local) para acabar com a "má fama" trazida pela pirataria de grifes. A cadeia produtiva foi reconhecida em 2004.

Segundo Jorcelino José Nunes Neto, presidente da Governança do APL, o projeto mostrava que havia "outras formas de o empresário vir para a formalidade e conseguir colocar sua própria marca no mercado".

Deu certo. Desde então, houve crescimento de 26,3% no número de empresas, além de 133% mais empregos. Em 2005, segundo censo realizado pelo IEL (Instituto Euvaldo Lodi), 673 empresas, incluindo informais, geravam 5.150 empregos.

O polo reúne hoje 850 empresas formalizadas - 480 delas só em Jaraguá (110 km de Goiânia), segundo o assessor de planejamento do APL, Gilmar Maurício da Silva. São confecções, lavanderias, unidades de acabamento, bordado, estamparia entre outras firmas.

Outros seis municípios próximos (como Goianésia, Uruana e Jesúpolis) também compõem o APL, contribuindo com 17 mil postos de trabalho, 5.000 deles indiretos.

Em Jaraguá, investimentos acontecem também em capacitação. De 2008 até ano passado, 40 mil trabalhadores foram formados em cerca de 250 cursos. Na quarta-feira (18), um laboratório, com máquina de corte automático, foi inaugurado na cidade.


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