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0 a 2 anos Com a mão na massa Nessa etapa, as crianças precisam de estímulos relacionados à percepção, como olhar, tocar e sentir COLABORAÇÃO PARA A FOLHADE SÃO PAULO Aurora, 1, aprendeu com a mãe a brincar com a comida. Juntas, elas misturam sal, farinha, óleo e vinagre para criar uma massinha de modelar caseira, que pode ganhar cor com a adição de corante comestível -e ser levada a boca sem problemas. A atividade, que não exige um tempo longo para ser colocada em prática, é bastante adequada para a faixa etária em que está a menina. "E ela adora, acha muito divertido", conta Milena Codato, 33, a mãe de Aurora. Nessa fase, as crianças precisam de estímulos relacionados à percepção -como olhar, tocar e sentir os mais variados gostos e objetos possíveis. É a hora de desenvolver o que Jean Piaget chamou de "afetos perceptivos". "Quando podem se desenvolver plenamente, esses afetos se transformam no que conhecemos como produção e apreciação estética e gastronômica", explica Lino de Macedo, professor aposentado e especialista em Jean Piaget. A massinha de modelar caseira é um bom exemplo. Ela permite experimentar diferentes texturas, cheiros e formas, além de ajudar no desenvolvimento da coordenação motora da criança. Também é interessante que a mãe coloque músicas e cante para o bebê, faça mímica com bonecos, dedoches e fantoches, conte pequenas histórias e as dramatize, exagerando nos movimentos para que a criança preste atenção e possa interagir. "O básico é sentar-se no chão e brincar com o bebê", explica Ana Maria Escobar, do Instituto da Criança. DIA A DIA Mas não são apenas atividades mais demoradas que podem ser desenvolvidas com os filhos nessa idade. Uma volta rápida pelo bairro pode ser uma atividade lúdica com a ajuda da mãe. "Ela pode parar e mostrar as árvores, as casas, chamar a atenção da criança para um som. Mesmo que o bebê não entenda o significado, vai desenvolvendo a sensibilidade", diz Macedo. Uma hortinha com temperos variados, como alecrim, manjericão, sálvia e salsinha, pode ajudar a estimular o sentido dos cheiros e a desenvolver o paladar. A sugestão é de Maria Angela Barbato Carneiro, professora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da PUC-SP. É só oferecê-los para a criança e deixar que ela leve à boca. (AK e TB) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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