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Nutricionista foca os efeitos da alimentação ENGENHEIRO DE ALIMENTOS LIDA COM Os PROCESSOs DE PRODUÇÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHAQuem tiver interesse em cursos da área de alimentação deve prestar atenção às diferenças entre engenharia de alimentos e nutrição: o primeiro é de ciências exatas, enquanto o segundo faz parte da área de biológicas. O engenheiro de alimentos lida com o processo de produção do alimento, e o nutricionista se ocupa dos efeitos desse alimento no corpo humano. Como destaca Flávio Schmidt, coordenador da graduação em engenharia de alimentos da Unicamp, o profissional é "criado para atender, principalmente, as necessidades das indústrias de alimentos". O engenheiro de alimentos poderá desenvolver equipamentos e processos para demandas específicas da indústria alimentícia, como secagem, separação e também pasteurização. Além disso, pode também trabalhar em outros setores de alimentação, como redes de fast food e de supermercados, indústrias de embalagens, de insumos e de equipamentos. Já o profissional formado na graduação em nutrição, que estuda a influência dos alimentos na manutenção ou na recuperação da saúde de indivíduos, atua tradicionalmente na área de nutrição clínica. O nutricionista pode trabalhar em hospitais e em outras unidades de saúde, atuando principalmente como gestor da produção de refeições para pacientes. Pode ainda realizar atendimentos individuais em consultório. Restaurantes, hotéis e empresas que tenham serviço de alimentação coletiva também são possíveis locais de trabalho para esse profissional. A nutricionista Fernanda Pisciolaro, 35, atua principalmente na área clínica, pela qual se interessou desde o começo da graduação. Atualmente, além de atender pacientes em seu consultório, ela trabalha com um grupo de transtornos alimentares dentro do Ambulim (Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas). "Eu não consigo me ver fazendo outra coisa, adoro o meu trabalho", diz. PROCESSAMENTO É ESTUDADO EM CIÊNCIAS DOS ALIMENTOS Outra formação, menos tradicional que as demais, é a de ciências dos alimentos. Segundo Ernani Porto, vice-coordenador da graduação da USP Piracicaba, o foco é o próprio alimento. A ênfase é na produção e nas transformações que ocorrem com ele durante o processamento -como reações químicas, durabilidade e necessidade de aditivos. A graduação também tem em sua grade aspectos de logística e marketing. O profissional está habilitado para lidar com os alimentos ao longo de toda a sua cadeia produtiva, desde o campo até o momento em que chega ao consumidor. Pode atuar fazendo análises químicas, bioquímicas, microbiológicas e toxicológicas, além de fazer a gestão e o controle de qualidade dos produtos já finalizados. O cientista de alimentos poderá ainda trabalhar em pesquisa e em desenvolvimento de produtos e tecnologias, especialmente para a indústria. O curso de ciências dos alimentos é bastante recente -o da USP, o mais antigo, foi criado em 2001. Atualmente, esse profissional está submetido aos Conselhos Regionais de Química. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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