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Escritórios de ponta São Paulo ganha empreendimento de luxo com inovações tecnológicas que vão da geração própria de energia elétrica em horários de pico a fachadas que refletem 70% dos raios solares RENATA TURBIANICOLABORAÇÃO PARA A FOLHA Com arquitetura inovadora e soluções tecnológicas, novos escritórios de alto padrão surgem em São Paulo. A previsão é que 362 mil metros quadrados de empreendimentos desse tipo serão entregues na cidade neste ano. O número representa um crescimento de 262% em relação a 2011, de acordo com dados da Colliers International, uma das principais consultorias do mundo na área imobiliária. Entre os prédios que já podem ser ocupados pelas empresas está o Pátio Victor Malzoni, no Itaim Bibi. O edifício abrigará empresas como o Google, o BTG Pactual e o fundo saudita Blue Store. Considerado o metro quadrado mais caro da cidade (R$ 17,6 mil), o edifício ficou pronto em dezembro de 2011, mas recebeu o Habite-se (licença para ocupação do imóvel) há dois meses. Quem passa pela região não deixa de notá-lo. Primeiro por suas dimensões (ele ocupa um quarteirão da avenida Brigadeiro Faria Lima). Segundo, devido ao imenso vão entre as duas torres. A solução arquitetônica teve que atender a uma necessidade histórica: a Casa Bandeirista, construção do século 18 que fica encravada no meio do terreno. "Por ser tombada, não podíamos retirá-la. Projetamos no seu eixo uma passagem de pedestre com 45 metros de largura e 30 metros de altura, formando um grande pórtico", diz Marc Rubin, do escritório de arquitetura Botti Rubin, autor do projeto. "Tivemos a oportunidade única de projetar uma obra com expressão arquitetônica incomum", afirma. Convivendo com esse passado estão soluções do futuro: o Pátio Victor Malzoni foi preparado para gerar sua própria energia nos horários de pico -o que ajudará a reduzir os custos das cotas condominiais- e, na garagem, 200 vagas possuem tomadas para carros elétricos. MENOS DESPERDÍCIO Outro empreendimento de alto padrão recente na cidade é o The One, também no bairro do Itaim Bibi. Antonio Ciampi Jr., diretor de engenharia da Odebrecht, empresa responsável pela obra, diz que os principais diferenciais do edifício são o sistema de construção, feito com estrutura metálica mista, e a fachada de vidro reflexivo e termoacústico. "Esse sistema, apesar de ainda ser pouco usado no Brasil, oferece diversos benefícios, como velocidade na construção, redução de mão de obra e menos desperdício de material", afirma. Já a fachada, segundo o diretor, reflete 70% dos raios solares, o que permite mais conforto térmico e economia de energia com refrigeração. Recentemente, a incorporadora Tishman Speyer entregou, no bairro do Brooklin Novo, o Tower Bridge Corporate, que recebeu investimentos de R$ 600 milhões. "Cada pavimento do prédio tem 2.000 m² de área, o que permite grande flexibilidade de layout, com opções de até três escritórios por andar", afirma Daniel Cherman, presidente da empresa no Brasil. O executivo acrescenta: "As grandes companhias buscam locais onde possam crescer, sem que tenham de mudar quando precisam de mais espaço". No bairro Cidade Jardim, a novidade é o empreendimento Cidade Jardim Corporate Center, que acaba de receber sua terceira e última torre. Em uma área de 72 mil metros quadrados, onde também se encontram nove prédios residenciais e um shopping, o centro comercial tem três helipontos. O edifício, construído com conceitos de sustentabilidade ambiental, tem aproveitamento de água pluvial e foi feito com utilização de madeira certificada. A fachada tem maximização da iluminação natural. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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